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a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Jean Gudolle em França

Corria o ano de 1824 em território francês, Departamento dos Hautes Pyrenées/Região Midi Pyrénées, no pequeno povoado de Lescurry, no Cantão de Rabastens. Nessa época, após a queda de Napoleão Bonaparte, os Bourbons reinstalaram-se no trono - Luís XVIII (1814-1824), Carlos X (1824-1830) - apesar de uma singela tentativa de restabelecimento do Império (Os Cem Dias) 1815. O predomínio na sociedade francesa da aristocracia fundiária, fiel às idéias do Antigo Regime, entretanto, provocou a queda de Carlos X (1830) e o advento de uma realeza burguesa. O reinado de Luís Filipe (1830-1848) foi marcado pela supremacia política e econômica da burguesia. A monarquia durou até a abdicação de Luís Filipe (1848). Durante este período, tendo perdido influência na Índia e no Canadá, a França começou a criar um império ultramarino no norte da ÁfricaOs anos que vão desde a insurreição liberal de 1830, representam a idade de ouro da burguesia francesa, anos em que triunfaram os princípios liberais e nacionalistas. Mas a aparência democrática do novo governo desapareceu progressivamente e o regime foi endurecendo, a fim de reprimir a oposição republicana e o crescente mal-estar das classes operárias.Nesse tempo, o crescimento urbano e a industrialização apontaram novas características ao movimento republicano, e a crise econômica de 1846, precipitou a revolução de fevereiro de 1848, que derrotou o governo de Luís Filipe.Lembremo-nos que os anos de 1845 e 1846 foram de péssimas colheitas, desencadeando uma crise agrícola em todo o continente, ou seja, um alto e vertiginoso custo de vida atirou à miséria grandes setores da população rural e reduziu drasticamente a sua capacidade de consumo de produtos manufaturados, sendo que a crise que agravou em França, foi muito mais industrial do que agrícola. De qualquer forma, atingiu duramente as massas populares, tornando-se extremamante sensível aos apelos revolucionários difundidos pelos socialistas, que, em 1848, conquistaram grande nitidez no cenário europeu.
O Cantão de Rabastens-de-Bigorre inclui vinte e quatro comunas, inclusive Lescurry.
País - França
Região - Medio Pirineus
Distrito - Tarbes

O crepúsculo da tarde já dava lugar às estrelas no infinito céu da pequenina aldeia serpenteada por inúmeras colinas e extensos bosques de magnólias e gramíneas.Do lado oposto ao crepúsculo, via-se extensas plantações de vinhas e campos cobertos de pastagens que serviam para o alimento dos ruminantes...As casas que formavam o pequeno povoado, não passavam de construções velhas, totalmente desprovidas do mínimo conforto.Ao centro da minúscula aldeia, erguia-se uma pequenina e singela igrejinha com seu sino à tocar em dias especiais: nascimentos, casamentos e mortes.Esa era Lescurry, uma comuna encravada lá no Cantón de Rabastens-de-Bigorre...Num dia qualquer do ano de 1824, o sino da pequena aldeia badalou inúmeras vezes... Em uma das pequenas casas, uma mulher dera à luz a um menino que passou a chamar-se JEAN.Pelo que se tem notícias, o pai de Jean chamava-se Guillaume Gudolle, um irmão que ainda não sabemos o nome, e uma irmã chamada Isabeau. O nome de sua mãe ainda desconhecemos.Longe estava aquele lugar de tudo quanto se podia alcançar. As crianças iam aprendendo o ofício dos pais, ou seja,os meninos faziam a lida do campo,da horta,das podas, e as meninas aprendiam a lida da casa. Assim cresciam e as famílias iam se formando...Jean aprendera com seu pai,o gosto de cultivar flores, e o fazia muito bem. Assim, nesse meio tosco, com pouco estudo e oportunidades, cresceu o nosso JEAN.

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens

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