REGISTROS, GENEALOGIAS, HISTÓRIAS E POESIAS...
a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Lua - Deuclydes P. Gudolle


Serás, ó lua, a eterna companheira
Do gaúcho que cruza descuidado
Sob a tua luz tão feiticeira
Nas noites do rincão, sempre lembrado...

E daqui, contemplando desolado
Revejo-me na lida verdadeira
Quando eu era um gaúcho afortunado
E levava uma vida alvissareira...

E ao ver-te agora, pálida e triste
Eu penso que por lá não mais existe
Aquelas lindas noites de luar...

Quando feliz voltava ao rancho amado
Ao calor de tua luz iluminado
Meu cavalo ia então desencilhar...


DELLE - P.Fundo, Out.1952



Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens


Minha Lira - Deuclydes P. Gudolle


Eu quisera quebrar a minha lira
E fazê-la para sempre emudecer
Para que nenhum só som a fira
E que possa um queixume parecer...

Mas não posso, hei de sempre enaltecer
Esta dor que canta e que delira
E que na exaltação desse sofrer
A dor trará o bem que a alma inspira...

O poeta será sempre um sofredor
Que veio ao mundo imerso em desventuras
E para cantar sua própria dor...

E essa dor, sendo sua é verdadeira
E será neste mundo de tortura
A mais fiel e unida companheira...

DELLE - Santa Thereza   Out.1941


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Göttens

terça-feira, 22 de julho de 2014

João da Silva Machado - (Barão de Antonina)

OBS:  Esta postagem encontra-se incompleta no referente a descendência do Barão de Antonina. Aos que desejarem complementá-la, sintam-se à vontade enviando-me os dados.


" A 24 de junho de 1782 o Vigário Manoel Garcia Mascarenhas batizava a João da Silva Machado, que mais tarde foi agraciado com o título de Barão de Antonina, nascido a 17 daquele mês e ano. Era filho legítimo do açoriano Manoel da Silva Jorge, natural e batizado na Freguesia de Santa Catarina da Ilha Fayal, Bispado de Angra, e de Antônia Maria de Bittencourt, nascida na Freguesia de Santo Ângelo do Rio Pardo (Rs), então pertencente ao Bispado do Rio de Janeiro. Era neto paterno de Inácio da Silveira, natural da Ilha São Jorge, e de  Ana Silveira, natural da dita Freguesia da Ilha Fayal; e materno do alferes Matias da Silveira, natural da Ilha São Jorge, e de Isabel Bittencourt, do mesmo Bispado de Angra; foram padrinhos Francisco Gomes Ferreira e sua mulher Francisca Inácio Gomes Ferreira (Liv.Iº de Bat.)."

     De simples tropeiro que comprava tropas no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina e revendia-as nas feiras de Sorocaba, em São Paulo, na província de Minas gerais, Feira de Santana, na Bahia e chegou a levar animais até Caxias, no Maranhão, tornou-se segundo seu biógrafo, um elemento de progresso de São Paulo, Paraná, Santa catarina e Rio Grande do Sul. Por seu perseverante trabalho e valor, alcançou uma brilhante posição.
     Quando irrompeu a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o Barão tomou parte ativa na defesa da legalidade e recebeu honras de Coronel Honorário do Exército. Reprimiu a revolução Liberal, que iniciou em São Paulo, em 1842, e se alastrava para o Paraná. Por isso, em 11 de setembro de 1843, recebeu o Título de Barão de Antonina, elevado a Barão com Grandeza pelo Decreto Imperial de 13 de agosto de 1860. Em 1853, atingiu o ponto culminante de sua carreira política, separando a Comarca de Curitiba e formando uma nova Província, a do Paraná, pela qual qual se elegeu Senador. Continuou residindo em São Paulo e atuando politicamente pelo Paraná. Fundou vários aldeamentos indígenas e núcleos coloniais (entre eles destaca-se Rio Negro e Mafra) no sul do Brasil. Foi Diretor da Fábrica de Ferro de Ipanema.
     Por relevantes serviços, foi designado com o Título de Vereador Honorário de Sua Majestade a Imperatriz, Grande do Império, Fidalgo Cavaleiro da casa Imperial, Grande Dignatário da Ordem da Rosa e Oficial da Ordem do Cruzeiro. Por tudo isso, associações culturais proclamaram sua capacidade. O instituto Histórico e Geográfico Brasileiro o recebeu como sócio.
     Na página 48 do Arquivo Nobiliárquico Brasileiro e na página 30 do Nobiliário Sul Rio-grandense está estampado o Escudo que descreve o Brasão e suas Armas: em campo de prata, um leão de púrpura armado de goles, tendo, na garra deste um catecismo e um rosário de ouro e na espádua um machado do mesmo metal; acompanhado à sinistra de um índio ao natural, virado para a esquerda, depondo as armas, que são de ouro. O Brasão foi passado em 17 de setembro de 1850. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fl.40.

     O Barão foi casado com Ana Ubaldina Paraíso Guimarães, natural do Paraná, filha de Manoel Gonçalves Guimarães e Maria Madalena de Lima, de cujo casamento tiveram os seguintes filhos:

1. Maria Antonina, n. em Castro a 05/07/1815, que casou com o Coronel Mariano José da Cunha Ramos;

2. Francisca de Paula, n. na Vila do Príncipe, hoje Lapa, PR, que casou em São Paulo aos 19/04/1835 com o Capitão Joaquim da Silva Prado;

3. Balbina Alexandrina, n. na Vila do Príncipe, hoje Lapa, PR que casou em 14/04/1835, no Oratório Particular da Freguesia de Santa Efigênia, em São Paulo, com Luis Pereira de Campos Vergueiro, filho do Dr. Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e de Maria Angélica de Vasconcelos.  Tiveram 13 filhos: Luísa, Balbina, João, Afonso, Francisca, Nicolau, Luiz Gonzaga, Joana, José, Ana, Maria Angélica, Otília e Artur.

4. Ana, n. em 26/08/1829, que casou com Fidelis Nepomuceno Prates;

5. Inocência Júlia, que casou com Fidêncio Nepomuceno Prates, irmão de Fidélis, natural de Caçapava, (Rs).



Arquivo Pessoal de Marilia Castro Gottens
Balem, Dr. João Maria  A Paróquia de São José de Taquari, Nov.1949, pg. 141, 
Serviço do Arquivo Histórico do Senado Federal Brasília - DF
Ecker, Adari Francisco  A Trilha dos Pioneiros Gráf. e Edit. Berthier - 2007

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Descendência de Francisco de Paula e Silva ( Barão de Ibicuy )

OBS:  Esta postagem encontra-se incompleta devido a grande descendência do Barão de Ibicuy. Aos que desejarem complementá-la, sintam-se à vontade, enviando-me seus dados.

   1.  Francisco de Paula e Silva, n.em 14/05/1796 em Taquari, Rs, e + em 10/04/1879 em Cruz Alta, (Rs), casou em 30/06/1829, em Caçapava (Rs) com 2Felicidade Perpétua de Avelar Magalhães, b. em Cachoeira (Rs) em 15/04/1809 e + em Santa Maria (Rs) em 22/02/1886.
     Felicidade era filha legítima de Ricardo José de Magalhães, n. em Viamão (Rs) em 1752 e casado em Rio Pardo, (Rs) em 1780 com Maria Mâncio de Avelar, n. em Rio Pardo, (Rs).
     Era neta paterna de Bartolomeu Gonçalves de Magalhães n. em S. Estevão, Chaves, (Portugal) e de Francisca Tereza de Jesus, n. em 1779 em Mogi das Cruzes, (SP) e + em Triunfo (Rs) em 08/04/1779. Esta, por sua vez, era filha de Luis Garambéu Martins e Maria das Neves.
     Era neta materna de Antônio da Silveira Ávilla e Matos, n. em 1731 na Vila do Topo, Ilha São Jorge, Açores e + em Rio Pardo, (Rs) em 1803 e de Clara Maria Mâncio, n. em 1740 em Florianópolis, (Sc), e + em 1798.


Filhos do casal Francisco e Felicidade:

1.2.a. Maria Ubaldina de Paula e Silva, casou em São Martinho, (Rs) em 1850 com Manoel Lucas Annes, n. em Porto Alegre, em 13/04/1821 e + em 16/02/1889. Filho de José Manoel Lucas Annes e Anna Pereira da Silva Annes;

1.2.b. Clara de Paula e Silva, casou com José Antônio Fernandes Cezimbra, n. em 31/08/1835 e + em 14/04/1894 em Santa Maria, (Rs);

1.2.c. Luís de Paula e Silva, casou com Maria Luíza Teixeira;

1.2.d. Francisca de Paula e Silva, casou em Cruz Alta, (Rs), em 1841 com José Caetano Veríssimo da Motta (MEUS BISAVÓS PATERNO). Este,  filho legítimo de Maria Veríssimo da Motta e de Caetano Pereira da Motta. Filha: Maria da Motta Castro, que casou com Virgilio Nunes de Castro, (MEUS AVÓS PATERNO) que por sua vez tiveram: Elvira Motta Castro, falecida solteira em Cruz Alta, Milton Motta Castro, casado com Otília Saenger Castro, já falecidos, Noêmia Motta Castro, n. em Cruz Alta, em 15/11/1898, falecida solteira  e meu pai VIRGILIO CASTRO FILHO, n. em Cruz Alta, (Rs) em 09/03/1914 e + em Cruz Alta, em 23/08/1993, casado com minha mãe ZILDA GUDOLLE CASTRO, n. em Itaqui, (Rs) em 21/02/1926 e + em Ijuí, (Rs) em 23/08/2006. (Existem outras postagens à respeito deste tópico).

1.2.e. Rita de Paula e Silva, casou com José Castilhos dos Reis e, posteriormente, com José Antônio da Motta e Silva;

1.2.f. Firmino de Paula e Silva, n. em 17/02/1844 na Fazenda do Pinhal, casado com Margarida Neves.

1.2.g. Francisco de Paula e Silva, n. em 19/06/1846, casado com Praxedes Pereira da Costa. Filhos: Ilda de Paula, casada com Januário Rodrigues de Vasconcelos; Maria de Paula, casada com João Philbert e em segundas núpcias com José Amaral; e Francisca de Paula, casada com Marcos Antônio Alves de Azambuja.

1.2.h. Balbina de Paula, casada com João da Silva Bueno;

1.2.i. Carolina de Paula, + solteira;

1.2.j. José de Paula, + solteiro.



Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens
Fabrício, José de Araújo, A Freguesia de N.S. Bom Jesus do Triunfo, Rev. do Inst.Geográfico do RS, v.27, n.1-4 (1947), pg.250.
Genealogia Tropeira,  Pereira, Cláudia Nunes (Tds. Vols.)
Inventário post-mortem, B.Ibicuy ,Cartório de Órfãos e Ausentes de Cruz Alta - Maço 9 - Proc. 245.APERS;
Testamento do B. Ibicuy. Vede inventário ou: Juízo da Provedoria, Capelas e Resíduos do Termo da Cruz Alta. Maço 4. APERS