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MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

terça-feira, 22 de julho de 2014

João da Silva Machado - (Barão de Antonina)

OBS:  Esta postagem encontra-se incompleta no referente a descendência do Barão de Antonina. Aos que desejarem complementá-la, sintam-se à vontade enviando-me os dados.


" A 24 de junho de 1782 o Vigário Manoel Garcia Mascarenhas batizava a João da Silva Machado, que mais tarde foi agraciado com o título de Barão de Antonina, nascido a 17 daquele mês e ano. Era filho legítimo do açoriano Manoel da Silva Jorge, natural e batizado na Freguesia de Santa Catarina da Ilha Fayal, Bispado de Angra, e de Antônia Maria de Bittencourt, nascida na Freguesia de Santo Ângelo do Rio Pardo (Rs), então pertencente ao Bispado do Rio de Janeiro. Era neto paterno de Inácio da Silveira, natural da Ilha São Jorge, e de  Ana Silveira, natural da dita Freguesia da Ilha Fayal; e materno do alferes Matias da Silveira, natural da Ilha São Jorge, e de Isabel Bittencourt, do mesmo Bispado de Angra; foram padrinhos Francisco Gomes Ferreira e sua mulher Francisca Inácio Gomes Ferreira (Liv.Iº de Bat.)."

     De simples tropeiro que comprava tropas no Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina e revendia-as nas feiras de Sorocaba, em São Paulo, na província de Minas gerais, Feira de Santana, na Bahia e chegou a levar animais até Caxias, no Maranhão, tornou-se segundo seu biógrafo, um elemento de progresso de São Paulo, Paraná, Santa catarina e Rio Grande do Sul. Por seu perseverante trabalho e valor, alcançou uma brilhante posição.
     Quando irrompeu a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o Barão tomou parte ativa na defesa da legalidade e recebeu honras de Coronel Honorário do Exército. Reprimiu a revolução Liberal, que iniciou em São Paulo, em 1842, e se alastrava para o Paraná. Por isso, em 11 de setembro de 1843, recebeu o Título de Barão de Antonina, elevado a Barão com Grandeza pelo Decreto Imperial de 13 de agosto de 1860. Em 1853, atingiu o ponto culminante de sua carreira política, separando a Comarca de Curitiba e formando uma nova Província, a do Paraná, pela qual qual se elegeu Senador. Continuou residindo em São Paulo e atuando politicamente pelo Paraná. Fundou vários aldeamentos indígenas e núcleos coloniais (entre eles destaca-se Rio Negro e Mafra) no sul do Brasil. Foi Diretor da Fábrica de Ferro de Ipanema.
     Por relevantes serviços, foi designado com o Título de Vereador Honorário de Sua Majestade a Imperatriz, Grande do Império, Fidalgo Cavaleiro da casa Imperial, Grande Dignatário da Ordem da Rosa e Oficial da Ordem do Cruzeiro. Por tudo isso, associações culturais proclamaram sua capacidade. O instituto Histórico e Geográfico Brasileiro o recebeu como sócio.
     Na página 48 do Arquivo Nobiliárquico Brasileiro e na página 30 do Nobiliário Sul Rio-grandense está estampado o Escudo que descreve o Brasão e suas Armas: em campo de prata, um leão de púrpura armado de goles, tendo, na garra deste um catecismo e um rosário de ouro e na espádua um machado do mesmo metal; acompanhado à sinistra de um índio ao natural, virado para a esquerda, depondo as armas, que são de ouro. O Brasão foi passado em 17 de setembro de 1850. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fl.40.

     O Barão foi casado com Ana Ubaldina Paraíso Guimarães, natural do Paraná, filha de Manoel Gonçalves Guimarães e Maria Madalena de Lima, de cujo casamento tiveram os seguintes filhos:

1. Maria Antonina, n. em Castro a 05/07/1815, que casou com o Coronel Mariano José da Cunha Ramos;

2. Francisca de Paula, n. na Vila do Príncipe, hoje Lapa, PR, que casou em São Paulo aos 19/04/1835 com o Capitão Joaquim da Silva Prado;

3. Balbina Alexandrina, n. na Vila do Príncipe, hoje Lapa, PR que casou em 14/04/1835, no Oratório Particular da Freguesia de Santa Efigênia, em São Paulo, com Luis Pereira de Campos Vergueiro, filho do Dr. Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e de Maria Angélica de Vasconcelos.  Tiveram 13 filhos: Luísa, Balbina, João, Afonso, Francisca, Nicolau, Luiz Gonzaga, Joana, José, Ana, Maria Angélica, Otília e Artur.

4. Ana, n. em 26/08/1829, que casou com Fidelis Nepomuceno Prates;

5. Inocência Júlia, que casou com Fidêncio Nepomuceno Prates, irmão de Fidélis, natural de Caçapava, (Rs).



Arquivo Pessoal de Marilia Castro Gottens
Balem, Dr. João Maria  A Paróquia de São José de Taquari, Nov.1949, pg. 141, 
Serviço do Arquivo Histórico do Senado Federal Brasília - DF
Ecker, Adari Francisco  A Trilha dos Pioneiros Gráf. e Edit. Berthier - 2007

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