REGISTROS, GENEALOGIAS, HISTÓRIAS E POESIAS...
a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Saudade - Deuclydes P. Gudolle


         Raul Silva Gudolle, Deuclydes Pereira Gudolle e Mario Duarte Silva Gudolle


                          Está tão longe a minha mocidade
                          Só em recordá-la eu fico crente
                          Que já estou velho, que a saudade
                          É que faz tudo reviver na mente!...

                          Nessa quadra tudo é felicidade
                          Tudo nos faz sorrir, viver contente
                          E sem pensar sequer na realidade
                          Só queremos crescer, nos tornar gente...

                          Nesse tempo a vida passa descuidada
                          O dia de amanhã parece um nada
                          A mocidade está radiante a delirar...

                          E vai um dia... depois vão outros dias...
                          E com elas vão também as alegrias
                          E a mocidade fica longe a soluçar...

                               DELLE -  Itaqui /1941


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens

domingo, 28 de outubro de 2012

Cuentos do Itaqui - O Baile Azul





De tempos em tempos a sociedade vibrava com uma expectativa: a vinda de Buenos Aires, para o Teatro Prezewodoski, de uma companhia de zarzuelas ou de operetas, que havia marcado época na capital portenha. Do litoral, ou centro do Brasil, nada ou quase nada chegava à faixa da fronteira, onde se situa Itaqui. Do outro lado, a Argentina contava com todos os meios de cultura, inclusive com uma estrada de ferro, de bitola larga.Na memória do menino que cumpriu larga etapa de sua vida, por caminhos do Mundo, palpita ainda a saudade do tempo perdido, saudade, "esse mal de que se gosta e bem que se padece", como dizia o velho Francisco Manoel de Mello.
Revejo minha cidade comentando nas esquinas, nas janelas baixas de ombreiras de pedras caneladas, nas alcovas, nos salões, nas cozinhas, nos clubes, nas vendas, nas farmácias, em toda parte, o acontecimento marcado no tempo, há largo tempo, como promessa de vida na secura de um deserto. A data estava assinalada em cores em todas as folhinhas que vinham das "tiendas" de Alvear, estampadas com panoramas de Buenos Aires, e a hora prometida já palpitava em todos os relógios. No Teatro Prezewodoski seria realizado um "baile azul", em que todos os vestidos seriam dessa cor. As famílias ricas encomendavam a Buenos Aires os modelos mais raros e, os menos favorecidos da fortuna compravam do outro lado do rio os tecidos mais caros. As costureiras da cidade não descansavam e, nos "ateliers" rumorosos, parlantes, febris, era uma orgia de sedas, gorgurões, contas de vidro, pérolas e cadarços. Murmurava-se, de tudo e de todos. Os mais caros vestidos, encomendados do exterior, eram vistos pelas artesãs da cidade como coisas fantásticas. Havia uma novidade de proporções inéditas, que interrompeu muito sono de jovem concorrente: a filha de um fazendeiro milionário encomendara seu vestido de Paris. Dizia-se que a cauda, acolchoada em seda, mediria cinco metros e a menina, formosa e elegante, usaria um diadema de pedras preciosas.
 Os comentários eram vários: "Menosprezo à prata da casa...", "Vaidade que desafia a santa cólera de Deus...", "Exibicionismo ostentoso para afrontar o Itaqui..."," Pomadista que não vale a fortuna a vestir...".
Os dias corriam, intensificando o alarme geral dos espíritos. Os dedos das costureiras não cessavam, noites a dentro. Até crianças enfiavam contas de vidro.
A cidade, toda ela, era uma colmeia, uma oficina de luxo, santuário das vaidades mais humanas deste mundo.
O jornalzinho crítico, que corria de mão em mão, à saída das missas de domingo, na Igreja Matriz de São Patrício, alargara sua secção de "Dizem que...".
Enquanto a alma feminina da cidade entrava em delírio, cada qual ocultando da outra a invenção original, para que o plágio não estragasse a surpresa no grande "Dia Azul", os jovens refaziam suas casacas, compravam luvas novas, encomendavam sapatos de "charol", com entrada baixa e fivelas de prata.
Comissões de experientes artistas amadores - da terra - decoravam o salão, o palco e os camarotes do Prezewodoski.
A arraia-miúda, que éramos nós, penetrava em toda parte.
Um dia, depois de estafantes provas de vestidos na casa de minhas tias, com as meninas mais belas da cidade; de espartilhos por cima de cadeiras e sofás; ligas compridas e peças íntimas e toda a variedade de saias até os pés, farfalhantes, bojudas, pesadas de rendas de Flandres e Valência, deram comigo, escondido embaixo de um canapé, deslumbrado com o espetáculo inédito e de estranhos quebrantos para os meus olhos.
O dia, porém, chegou. Ao amanhecer, uma duzia de foguetes, queimados à frente do Teatro anunciava, aos quatro cantos da cidade, como alvorada, que o grande dia amanhecera... Alguém comentava: "que pena que o dia chegou, pois o bom foi viver estes três meses, da expectativa, dos sonhos, das ilusões e das esperanças. Um poeta da terra tecera um "Soneto Azul", "em gabação", com "pena de ouro", à maneira de Castro Alves, "nas lâminas do céu!" Era lustroso nas palavras, como a seda ou o cetim.
Um carreiro de formigas humanas começou a transportar, da casa de Dona Sinhá Rodrigues para a grande mesa de doces situada no palco do teatro, a confeitaria mais rica da cidade: os bolos vistosos, revestidos da neve dos merengues, cobertos de confeitos de cor de prata, azuis, vermelhos, amarelos; pudins que se enfileiravam, ligados por correntes de fios de ovos, à maneira de guirlandas; quindins, bom-bocados e papos-de-anjo, tudo aquilo que nos fazia a delícia dos olhos amoráveis e do paladar espicaçado.
Pratos de porcelana, pratos de cristais, bandejas de prata, de Sévres e Limoges, tudo deixou, nesse dia, o fundo dos guarda-louças preservados à chave. Passava aquela Procissão de novas Pan-Atenéias, sob os olhos ávidos do povo, deixando uma promessa de felicidade nos expectantes. O que consolava era o "logo mais..." E o "logo mais" era como um plano estratégico de assalto, uma declaração expressa   de beligerância.
À noite, os depósitos exteriores de carbureto ferviam como ventres de vulcões. Por todos os bicos que saltavam dos fios de chumbo, corridos à parede, envoltos pelas campânulas de cristal, a luz de acetileno jorrava, transformando o salão numa festa de luminárias.
Comissões de recepção, de atenção e fiscalização,  movimentavam-se à entrada do Teatro.
Filhos de fazendeiros, estudantes que vinham de Porto Alegre, a chamado dos pais, vestindo casacas da última moda,  jovens em férias, das Escolas Naval e de Guerra, forrados de alamares, em seus uniformes de gala e luvas brancas, tudo parecia transformar Itaqui, como em passe de mágica, no reino encantado de um conto de Scherazade.
Num quadrante do Teatro, em coreto especial, a orquestra de cordas que viera de Buenos Aires, esperava pelo momento da marcha triunfal, que marcaria o início da polonaise.
Deslumbramento e delírio em todos os corações, expectativa em todas as curiosidades.
Nas ante-câmaras reuniam-se as donzelas, umas devorando as outras com olhares que buscavam medir, analisar, avaliar, comparar, obcecadas pelas vaidades. Às dez da noite, formaram-se as filas de cavalheiros e damas, para a entrada solene no salão, de piso lustrado a estearina. A orquestra, a postos, esperava o sinal.
O maestro ergueu a batuta e correu o olhar à entrada. O Mestre de cerimônias acenou e os ritmos romperam, inundando de sonho e alegria o ambiente inflamado, estremecendo os seios nos camarotes, onde as grandes damas da cidade, numa atordoante sinfonia de azul, agitavam seus leques de plumas e madrepérolas, estendendo do alto o cabo de ouro do "lorgnon".
Em seguida, penetraram no salão os pares, num espetáculo que lembrava os contos de fadas de Mãe-Lúcia. Uma variedade bizarra de azuis, uma fortuna de jóias com brilhantes, a luzir, pérolas como gotas de leite em colos nus, decotados, arfantes, cinturas de vespas, com espartilhos premindo o ventre e o coração. Graça e beleza. Juventude e alegria.
A última hora, entrou, pela mão de um cavalheiro, a menina que vinha vestida à mais fina maneira de Paris, trazendo um diadema ducal à cabeça, penteada à moda do Império.
Um frêmito percorreu a sala inteira. Uma rainha no porte, na beleza e na elegância. A cauda, acolchoada de seda, pendia dos ombros como um manto real. Era filha de um chefe político da oposição. Os partidários prorromperam em aplausos. A outra banda silenciou.
Havia uma comissão julgadora para o premio consagrador. Mas, entre a filha do chefe oposicionista e a filha do chefe situacionista, pendeu a balança partidária. Motivo de escândalo. Decepção de muitos. Chacotas de outros. Mas, com tudo isso, a Rainha de uma noite de sonho, teve o despertar da Borralheira com seus sapatos de vidro.


Terra Xucra.   De Ornellas, Manoelito,  pgs. 24 a 27  Ed. Sulina 1968.
Biblioteca de Marilia Gudolle Gottens


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ao Quide - Deuclydes Gudolle



                                  Lá no Lagoão do Dorado
                                  Num ranchinho de sapé
                                  Vive o Quide bem casado
                                  Cheio de ventura e fé...

                                  É tão linda a sua morena
                                  Tem uns olhos de encantar
                                  E por isso sua voz é terna
                                  E ouve-se o Quide cantar:

                                   Foste tu mulher querida
                                   Que me salvou a vida
                                    Fazendo-me feliz e forte...

                                    E aqui vivo feliz, contente
                                    E no teu amor tão presente
                                    Sempre a guiar o meu norte...

                                              DELLE - 1945


Foto de Simone Gudolle
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens

À Memória de José João Monteiro Sampaio - Deuclydes Gudolle

E tu, caro Nenê, também partiste
Eu sei na tua hora derradeira
Lembraste o velho amigo que deixaste
Saudades para mim, bem verdadeiras...

Para que recordar horas primeiras
Da nossa mocidade que consiste
Em tantos sonhos, tanta fé certeira
Que a realidade acordou, já não existe...

Hoje venho perpetuar na minha lira
Tua grande saudade que me inspira 
E a lealdade que nos uniu na vida...

Também venho render culto à tua memória
E que se defeitos tinhas, tens a glória
De uma honradez nunca desmentida...

     DELLE - Outubro/1942



Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Assento de Batismo de Heraclides Sampaio Gudolle


                             Batismo ocorrido em 18/11/1901/Itaqui/RS/São Patricio


"Aos 18  de Novembro de 1901, nesta Parochia de Itaquy, baptizei solemte e puz os Sanctos Oleos a Eraclides nato a 14 de Julho de 1900, filº legitº de Andrés Gudolle e Maria Luiza Sampaio. Padº José Ferreira  e Esmerilda Monteiro . E para constar . O Vig.º João Perrreto".



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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Matrimônio de André Gudolle e Julia Nunes Netto




                             Matrimônio ocorrido em 4/01/1918 - Itaqui/RS


" Aos quatro de janeiro de mil e novecentos e dezoito, no segundo Districto d'esta parochia de S. Patricio de Itaquy, na residencia de André Gudolle, feitos todas as diligencias de estylo na forma do concilio tridentino e das constituições do Bispado, na minha presença e na das testemunhas: José Nunes Netto, Deuclydes Gudolle, Adelina Nunes Netto e Djalma Gudolle, por palavras de presente, receberam-se em matrimonio André Gudolle e Julia Nunes Netto, filhos legitimos, elle de João Gudolle e Verginia Martins Gudolle, ambos fallecidos, nascido na Cruz Alta aos quatro de Fevereiro de mil oitocentos e cinquenta e dois (1852) e baptisado na Matris da Cruz Alta, viúvo com segundas núpcias de Maria Luisa Sampaio Gudolle; ella de José Nunes Netto e Adelina Saldanha Netto, nascida aos vinte e um de Julho de mil oitocentos e oitenta e oito (1888), nesta parochia do Itaquy onde foi baptisada e onde ambos são moradores. E logo receberam as bençãos na forma do ritual.
Vig.º Leão Blondet."



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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lembranças... Djalma P. Gudolle e Filho Rubens S. Gudolle



















    Rubens Silva Gudolle                                                                                       Djalma Pereira Gudolle




















Arquivo Pessoal de Sybilla e Vera Lucia G. Bicca
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens
                                                                                            

Assento de Matrimônio de Flodoardo Martins da Silva e Julieta Cunha Lima


                    Matrimônio ocorrido em 22/01/1910/ RS/ São Borja/ São Francisco


" Aos vinte e dois de janeiro de mil novecentos e dez, pelas oito horas da manhã, na Igreja Matriz, sendo por mim dispensadas as formalidades de estylo por absoluta falta de tempo, perante mim e as testemunhas abaixo assignadas, receberam-se em matrimonio, por palavras de presentes, Flodoardo Martins da Silva e Julieta Lima; elle com vinte e tres amnos de idade, solteiro, filho de José Bonifacio da Silva e de Joaquina Martins da Silva, natural do municipio do Itaquy e residente nesta parochia e ella tambem solteira, com vinte e dois amnos de idade, filha de Albino Conceição de Lima e de Senhorinha da Cunha Lima, natural e residente nesta parochia, digo, natural de Alegrete. Dei-lhes as bençãos nupciaes. Para constar lavrei este termo que assigno com as testemunhas. Vg.º Luiz Gillozzi, Flodoardo Martins da Silva, Julieta Lima, Viriato Dornelles Vargas, José Monteiro da Silva."


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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Assento de Óbito de Virginia Martins Gudolle



"Aos cinco de julho de mil oitocentos e noventa e um neste segundo districto de Itaquy, Estado do Rio Grande do Sul, em meu cartório passo a transcrever a partir do óbito que me foi dirigido pelo cidadão André Gudolle e o qual é de theor seguinte: Comunico-vos que no dia vinte e nove de junho, mês próximo findo, faleceu as cinco horas da manhã, Dona Virginia Martins Gudolle, com sessenta e dois anos de idade, viúva em primeiras núpcias de João Gudolle, cidadão francês, casado no município de Cruz Alta. O falecimento foi devido a uma Bronchite crônica e não teve assistência médica, não fez testamento, deixando uma parte...na cidade de Itaquy, tendo por único herdeiro seu filho André Gudolle abaixo assignado. Foi sepultada no dia 30 do referido mês, no cemitério de Santo Christo. Era natural deste estado, nascida em Rio Pardo, filha legitima de André Martins, cidadão espanhol com dona Fabiana de Vargas Martins, brasileira, já falecidos.
Revolução, 2º districto de Itaquy. Cinco de julho de mil oitocentos e noventa e um.

André Gudolle ao cidadão José Ferreira Sampaio, escrivão de Pás neste districto".



Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens

Assento de Batismo do Coronel Flodoardo Martins da Silva

                                                       

                                                    




Aos trinta de Maio de mil oitocentos e noventa nesta Parochia de Itaquy, baptisei e pus os Santos Oleos em Flodoardo, branco, nascido em sete de fevereiro de mil oitocentos e oitenta e seis filho legitimo de José Bonifácio da Silva e Joaquina Martins da Silva - deste Estado. Padrinhos Fortunato Bonifácio da Silva, solteiro e Maria José Monteiro Silva, casada. E para constar mandei passar o presente que assigno. Com autorização da Autoridade diocesana e pelo padre -----assigno. 
Pª José Joaquim dos Santos Silva".

Um pouco mais sobre Flodoardo...


"Encima estas linhas o conhecido e acatado nome de um illustre politico e adiantado industrialista no municipio de Uruguayana. 
Sua vida cifra-se num incessante desdobrar de actividades: commerciante, barraqueiro, criador, xarqueador e homem publicotem sido esse distincto castilhista, coronel Flodoardo Martins da Silva.
É proprietario da Xarqueada do Oeste, na antiga chacara "A Favorita" do ex-commerciante italiano, já fallecido, sr. Luiz Bettinelli, e duma fazenda no Cerrito, tudo situado no 1º disctrito.
Produz xarque em excellentes condições e cria em grande escala, tendo para isso visitado os principaes mercados européus.
Republicano como os que mais o são, corajoso e desprendido, o coronel Flodoardo tornou-se de ha muito figura de destaque em Uruguayana, tendo sido eleito conselheiro  e Presidente do Conselho Municipal.
Na revolução de 23, ao lado de seu illustre amigo e parente, Dr. Oswaldo Aranha, organizou um Batalhão sob o seu commando, resistindo galhardamente ao embate dos revolucionarios na Viação Ferrea, seguindo depois para a campanha da luta, não tendo para isso hesitado em abandonar os seus vultosos interesses particulares.
Regressando da campanha revolucionaria, entregou-se de novo aos mistéres de sua industria a que deu notavel incremento, sendo tambem chefe da importante firma Flodoardo Silva & Cia., de que faz parte também o sr. Eustaquio Ormazabal.
Tomou parte saliente na revolução redemptora de 3 de outubro, tendo então reunido os próceres do Partido Republicano na xarqueada de sua propriedade, já às vesperas de irromper o glorioso movimento, afim de melhor se orientarem sobre a attitude que deveria assumir o elemento  republicano historico. Passada a refrega, voltou novamente à sua grande actividade commercial.
Filho do extincto sr. José Bonifacio da Silva e de d. Joaquina Martins Silva, nesse mesmo districto residente. 

Uruguayana, abril de 1931.


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Galeria de Homens Célebres do RS, pg.776
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens







sábado, 1 de setembro de 2012

Assento de Matrimônio de André Martins Gudolle e Maria Benvinda Nunes Pereira


                        Matrimônio ocorrido em 24/5/1884/São Borja/RS


" Aos vinte e quatro de Maio de mil oitocentos e oitenta e quatro, nesta Parochia de São Borja, depois de feitas todas as diligencias do estylo, observados os mandamentos do Concilio Tridentino e leis do Bispado, em minha presença e das testemunhas Felisbino Ferreira Saldanha e José Velloso Bandeira, se receberão em matrimonio André Guidolle, solteiro, de trinta e dous amnos de idade, filho do finado João Guidolle e de Virginia Martins Guidolle com Maria Benvinda Pereira Nunes, solteira, de vinte e tres amnos de idade, filha de Galdino Pereira Nunes e de Camilla Pereira Nunes. Os contrahentes são naturaes e moradores desta Parochia. Receberão as bençãos nupciaes. E para constar mandei lavrar o presente termo, que assigno.
               O C: Vig.º Antonio Fortunato."



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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lembrando o Passado...






Em pé da esquerda p/ direita: Duarte Silva Gudolle e Irma Moreira Gudolle, Sybilla Gudolle Bicca e Ignácio Bicca.
Marli Floriano Gudolle e José Benvindo Silva Gudolle
                                                                                                 




                       Heraclydes Silva Gudolle, Djalma P. Gudollel e
                       Nídia Gudolle Vidal












                         





Maria de Lourdes Silva Gudolle






   Izalina M.Silva Gudolle (centro), Sybilla Gudolle                 
                                                  Bicca, Nídia Gudolle Vidal e Filhos






Arquivo Pessoal de Sybilla Gudolle Bicca e Vera Lucia Bicca
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens
               












Assento de Matrimônio de Delminda Benvinda Pereira Gudolle e Oswaldo Euclydes de Freitas Valle Aranha

                            Matrimônio ocorrido em 12/6/1917/Itaqui/RS


" Aos doze de Junho de mil e novecentos e desessete na residencia do Coronel Euclydes Aranha, n'esta Parochia de S.Patricio de Itaquy, observadas as prescripções do Concilio Tridentino e das Constituições do Bispado, sem impedimento na minha presença e nas das testemunhas Euclydes Egydio de Souza Aranha, Hugo Cacciatore, André Gudolle, por palavras do presente, receberam se em matrimônio Oswaldo Euclydes Freitas Aranha e Benvinda Pereira Gudolle, filhos legitimos elle de Euclydes Egydio de Souza Aranha e Luíza de Freitas Valle Aranha, nascido e baptisado nesta Parochia de Itaquy, ella de André Gudolle e de Benvinda Pereira Gudolle, nascida e baptisada n'esta Parochia onde ambos são moradores. E logo receberam as bençãos nupciaes  na forma do ritual romano. Vig.º Leão Blondet."



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Assento de Matrimônio de Djalmira Pereira Gudolle e Hugo Cacciatore

                         Matrimônio ocorrido em 4/4/1914/ Itaqui/RS


" Aos quatro de abril de mil novecentos e quatorse,  n'esta Matris de Itaquy, feitas todas as Diligencias na forma do Concilio Tridentino e das Constituições do Bispado, não havendo impedimento, na minha presença e nas das testemunhas Alexandre Cacciatore e Euclydes Aranha, por palavras do presente receberam se em matrimônio, Hugo Cacciatore e Djalmira Pereira Gudolle, filhos legitimos, elle de Alexandre Cacciatore e Delphina Cacciatore nascido e baptisado n'esta Parochia, ella de André Gudolle e da fallecida Bemvinda Pereira , nascida e baptisada nesta parochia onde são moradores. E logo lhes dei as bençãos na forma do ritual romano. O Vig.º Leão Blondet."


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Assento de Matrimônio de Deolmira Pereira Gudolle e Parmênio Palmeiro


                                   Matrimônio ocorrido em  29/9/1909, Itaqui, RS


" Aos vinte e nove de Setembro de mil novecentos e nove, na Matris de S. Patricio de Itaquy, feitas todas as diligencias prescriptas pelo Concilio Tridentino e pelas Constituições do Bispado, na minha presença e das testemunhas Pedro Palmeiro e Deuclydes Gudolle, por palavras do presente receberam-se em matrimonio Parmênio Palmeiro e Deolmira Gudolle  filhos legitimos, elle de Amancio Palmeiro, ja fallecido e Luisa Lara Palmeiro ella de André Gudolle e Bemvinda Pereira Gudolle já fallecida, ambos nascidos, baptisados e moradores nesta parochia de Itaquy. E logo dei lhes as bençãos na forma do ritual. Vigario Leão Blondet."



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terça-feira, 28 de agosto de 2012

À Meu Irmão Djalma - Deuclydes P. Gudolle


                                 Desculpa meu irmão, mas é forçoso
                                 Que eu procure aqui o teu perfil traçar
                                 Bem podia te chamar: O Venturoso
                                 E muitos predicados vir te dar...

                                 Mas não quero, seria mesmo cabuloso
                                 Que eu viesse num soneto te elogiar
                                 E dissesse que tu és um vitorioso
                                 E que pela honradez podes primar...

                                 Eu só posso exaltar tua lealdade
                                 O tão grande poder desta amizade
                                 Que nos une e nos faz feliz viver...

                                 Pode alguém, te botar algum defeito
                                 Não há homem por melhor que seja feito
                                 E que um puro possa dele se dizer...

                                                       DELLE

                                           Santa Thereza - Itaquy - 1937


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens

Assento de Batismo de Dorvalina Monteiro Silva

           
                                    Batismo ocorrido em 30/9/1898


" Aos trinta de Setembro de anno mil oitocentos e noventa e oito nesta Matriz de Itaquy baptizei solemnemente e puz os Santos Oleos a inocente Dorvalina  nascida a 2 de Julho do mesmo anno, filha legitima de Duarte Joaquim da Silva e de Maria José Monteiro Silva,  naturaes deste estado, fasendeiros e residentes no quinto Destrito neta por parte paterna de Bonifácio Soares da silva e Bernardina Flora da Silva, e pela parte materna José Antunes Monteiro e Ritta de Paula Monteiro Forão padrinhos Antonio Pereira Coimbra casado e D.ª Ritta Monteiro Silva. O Vig.º Carlos........  ."



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Assento de Batismo de Esmelinda Monteiro Silva


                               Batismo realizado em 1º/5/1892/Itaqui/RS


" Ao 1º de Maio de 1892 baptisei solemnemente a Esmelinda nascida a 15 de Abril de 1891 filha legitima de Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva. Pdrºs José Bonifácio da Silva e Fortunato Bonifácio da Silva. E para constar lavrei este termo que assigno. O Vigario Fernando Gigante."



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Assento de Batismo de Duartina Monteiro Silva


                       Batismo ocorrido em 1º/5/1892


" Ao 1º de Maio de 1892 baptisei solemnemente a Duartina nascida a 4 de Maio de 1889, filha legitima de Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva. Pdros Sezefredo José Monteiro e Zeferina Monteiro de Escobar. E pª constar lavrei este termo que assigno. O Vigario Fernando Gigante".



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Assento de Batismo de Izalina Monteiro Silva


                     Batismo ocorrido em 25/4/1887 - Itaqui/RS



"Aos vinte e cinco dias do mes de Abril do amno de mil oitocentos e oitenta e sete nesta Parochia de Itaquy baptisei e pus os Santos Oleos em Izalina, branca nascida em dez de Agosto de mil oitocentos e oitenta e seis, filha legitima de Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva, desta Provincia. Padrinhos Dionisio Bonifacio da Silva, por procuração que poe elle apresentou Jose Ferreira Sampaio e Esmerilda Monteiro Sampaio, casados. E para constar mandei passar o presente que assigno. O Vig.º José de Noronha Nápoles Massa."



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Assento de Batismo de José Monteiro Silva


                      Batismo ocorrido em 20/12/1885, Itaqui, RS



" Aos vinte dias do mes de Dezembro de mil oitocentos e oitenta e cinco, nesta Parochia de Itaquy baptizei e pus os Santos oleos a José, branco, nascido em quinze de Março do mesmo amno, filho legitimo de Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva, desta Provincia. Forão padrinhos José ferreira Sampaio e Bernardina Flora da Silva, por procuração que por ella apresentou Dª Esmerilda Monteiro Sampaio, cazada. Avós paternos Bonifácio Soares da Silva e Bernardina Flora da Silva; avós maternos, o Capitão José Antunes Monteiro e Ritta de Paula Monteiro, desta Provincia. E para constar mandei passar o presente que assigno. O Vig.º José de Noronha Nápoles Massa."




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Assento de Batismo de Ritta Monteiro Silva

                   
                          Batismo ocorrido em 27/5/1884 - Itaqui/RS

" Aos vinte e sette de Maio de mil oitocentos e oitenta e quatro nesta Parochia de Itaquy baptisei e puz os Santos Oleos a Ritta, branca, nascida em vinte e quatro de Junho do ano anterior, filha legítima de Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva, desta Provincia. Padrinhos os avós maternos, o Capitão José Antunes Monteiro e Ritta de Paula Monteiro. E para constar, fis este, que assigno. O Vig.º José de Noronha Nápoles Massa".



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sábado, 25 de agosto de 2012

Eternas Lembranças...








Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro Silva (Vó Zé), com a Filha Dorvalina



     







Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens                                              

Assento de Batismo de José Benvindo S. Gudolle

                            Batismo ocorrido em Itaqui, RS, em 3/12/1918


" Aos tres de Dezembro de mil novecentos e desoito, na Matriz de S. Patricio de Itaquy, baptisei solemnemente José Benvindo nascido aos _____ de______ do corrente amno, filho legitimo de Djalma Gudolle e Isalina Silva Gudolle Padrinhos José Monteiro Silva e Celina Silva. O Vig.º Luis Blondet."


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Assento de Batismo de Rubens Silva Gudolle

                               
                              Batismo realizado em 18/10/1914

" Aos desoito de Outubro do m. amno (1914) na Parochia de S. Patricio de Itaquy, baptisei solemnemente Rubens, nascido a dez de Setembro do corrente ano, filho civil de Djalma Pereira Gudolle e Isalina Silva Gudolle. Padrinhos Otacílio Fontoura  Silva e Ritta Monteiro Silva. Vig.º Leão Blondet."



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Momentos para Sempre...

Da esquerda p/ direita: Rubens S. Gudolle, Um amigo, Duarte S.  Gudolle, Luiz Gudolle. Sentados da   esquerda p/ direita: Raul S. Gudolle, Deuclydes P. Gudolle, Mário Duarte S. Gudolle
                                  


                José Benvindo S. Gudolle, Marli Floriano Gudolle e Filhos








Rubens S. Gudolle e Irma Silveira Gudolle com a Filha Inês em     Buenos Aires - 1945
      







 Nídia S. Gudolle Vidal e Romualdo Vidal                          
                     









Fotos: Vera L. Bicca e Sybyla Gudolle Bicca
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens











sábado, 18 de agosto de 2012

Djalma Pereira Gudolle e Izalina M.Silva Gudolle


                                           


O primogênito do casal André e Maria Benvinda Gudolle, nasceu em Itaqui, RS, em 16/6/1885, às 22 hs. no lugar denominado São José, outrora 1º Distrito de Itaqui.
Com o falecimento de Maria Benvinda em 1894, Djalma e seus irmãos foram criados por André, sua mãe Virgínia e Malvina, esta, filha de André anterior ao casamento deste com Maria Benvinda.
"... Aproxima-se a época para mim, e todos vós meus queridos filhos, de mais desgostos, com quanto todos vós sejam pequenos, não podereis avaliar. No entanto, no dia 18 de Dezembro de 1894, na cidade de Itaqui, perdestes vossa extremosa e carinhosa mãe, minha virtuosa esposa. Foi uma fatalidade para todos nós. Que perda irreparável meus queridos filhos, todos vós em tenra idade. Que golpe profundo a mão fatal do destino desferiu sobre nossa família.
Vós, meu querido Djalma, ficastes órfão aos 9 anos, meu Dico aos 7 anos, minha Djalmira aos 2 anos e meio, minha Deolmira aos 1 ano e meio, e a última que nasceu às 3:15 da madrugada, que dá pelo nome de Delminda Benvinda, ficou órfão com 3 meses e cinco dias. Que injustiça da sorte. Seja feita a vontade de Deus, que tudo pode. Lamento mais por todos vós, que não mereciam tão cedo sorte tão cruel o desaparecimento daquela que lhes deu o ser e que era tão extremosa e dedicada para mim.
Ao relatar-vos este acontecimento, que já lá vai para mais de 2 anos, sangra-me o coração, cem anos que vivesse, idolatrarei a memória de quem foi vossa mãe e minha esposa...." Memórias Manuscritas de André Gudolle
André encaminha Djalma para estudar em Porto Alegre no ano de 1898 " ...coloquei-vos no Colégio em Porto Alegre. Creio que entraste para o mesmo no dia 13 de Abril de 1898, como bem deverás ter em memória. ..." Memórias Manuscritas de André Gudolle.
Ainda, neste momento, André assim se manifesta à seu filho Djalma: "... Nesta época, comprei meia légua de sesmaria de campo e matos, situado neste 2º Distrito de Itaqui; lugar que se chama Santo Isidro. Campo próprio para invernar bois. É de superior qualidade como campo rasteiro. Tenho em meu poder os traslados das escrituras do mesmo em número de 5;  já todas registradas. Pretendo não vender este campo. Se assim suceder, desejo deixá-lo à você e ao teu irmão Deuclydes, como condição de não vendê-lo; só assim um para o outro. É um campo especial, que dá para invernar 800 a 900 bois, negócio de muito resultado em nossa terra, ou por outra, é ainda um dos primeiros negócios em nosso Estado: invernar touros e vendê-los bois gordos, principalmente se vender na invernada. Salladeros, como dizem os castelhanos, é negócio muito arriscado. Aconselho-vos que prefiram fazer negócio na própria invernada.
Todo o tempo que tens estado no Colégio, eu aqui estou a comerciar nesta casa que dei o nome de Revolução, para comemorar a Revolução pacífica de 1889.
Os meus lucros não são grandes. Dá para viver com alguma abundância e para educá~lo e mais vosso irmão Deuclydes..." Memórias Manuscritas de André Gudolle.
Alguns anos depois: " A vosso pedido, solicitei do meu amigo Duarte Joaquim da Silva, a mão de sua dileta filha, Dª Isalina Monteiro Silva, para vossa esposa. Fui e fostes bem sucedido. Este pedido foi feito no ano de 1905...." Memórias Manuscritas de André Gudolle.

Filhos de Djalma:
Luiz de Souza Gudolle, nascido em Itaqui, em 29/01/1906,  falecido em Santiago, Rs, em 22/03/1970.
De seu 1º casamento com Benvinda Pires Gudolle, houveram os seguintes filhos já falecidos: Adroaldo e Arizoli Gudolle.
Do 2º casamento com Zaida de Mello Gudolle, houveram os seguintes filhos: Arlete Gudolle Lopes, Altir Tadeu de Mello Gudolle, Aloísa Gudolle Zancanaro, Adejane de Mello Gudolle e Ajanice Gudolle Kochenberger.

Filhos de Djalma e Izalina Silva Gudolle:

Nídia Silva Gudolle , casada com Romualdo Vidal (falecidos). Filhos: Carlos Alberto (falecido) e Inez Gudolle Vidal.
Maria de Lourdes Silva Gudolle, casada com Paulino Nunes Dias (falecidos). Filhos: Taís (falecida), Paulo Fernando (falecido), José Luis, Ieda e Décio (falecido);

Rubens Silva Gudolle (falecido), casado com Irma Silveira. Filhos: Alberto (falecido), Maria Regina e João Carlos.

Duarte Silva Gudolle, casado com Irma Moreira (falecidos) Filhos: José Raul (falecido), Gisela Gudolle Almeida, Gislaine Gudolle Souza e Luiz Duarte Gudolle (falecido)

José Benvindo Silva Gudolle, casado com Marli Floriano (falecidos). Filhos: Sandra, André Djalma, Ângela, Marcos, Carlos, Márcio e Tiago.

Heraclides Silva Gudolle, casado com Eunice Sampaio (falecidos). Filhos: José Djalma, Cristina, Jorge Fernando e Djalma.

Sybilla Silva Gudolle, casada com Ignácio Lacort Bicca (ele falecido). Filhos: Marta Iza Bicca Silveira, Ana Maria Bicca Medeiros, Maria Helena Bicca Ardais, Vera Lucia Bicca Goulart, Sibila Bicca Rolim e Maristela Bicca Ruttener.




Fotos: Arquivo Pessoal de Sybilla Gudolle Bicca
Dados: Vera Lucia Bicca Goulart
Dados: Arlete Gudolle Lopes
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens
















                                                                                                                                                                             













quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Barão de Ibicuy - Francisco de Paula e Silva

" A 22 de maio de 1796, das mãos do Vigário José Resende Novais recebeu em Taquari (RS) o batismo Francisco de Paula e Silva, o futuro Barão de Ibicuy, nascido a 14 de maio de 1796. Era filho legítimo de Manoel da Silva Jorge e de Antônia Maria de Bittencourt. Militar, foi guarda-mor das Águas Minerais de Tipagi, no Paraná e tinha a medalha da Passagem do Humaitá. Por seus relevantes serviços prestados à nação, foi agraciado com o título de Barão de Ibicuy.
Casou a 30 de junho de 1829, em Caçapava do Sul (RS) com Felicidade Perpétua de Avelar Magalhães, batizada e nascida em Cachoeira do Sul (RS), a 15 de abril de 1809, e falecida em Santa Maria (RS) a 22 de março de 1886.
D. Felicidade era filha do Tenente Ricardo José de Magalhães e de Maria Manso de Avelar.
Francisco de Paula e Silva  foi agraciado Barão, em 29 de outubro de 1861, por D.Pedro II, conf. Decreto Imperial de 02.11.1861."


Francisco foi guarda-mor das Águas Minerais de Tipagi, no Paraná, e tinha a medalha da Passagem do Humaitá, uma operação militar, que se constituiu na ultrapassagem da Fortaleza de Humaitá, pelo rio Paraguai, por uma pequena força de seis monitores da Marinha do Brasil, em 19/2/1868, no contexto da Guerra da Tríplice Aliança.

De seu consórcio houveram os seguintes filhos:

. Maria de Paula, casada com Manoel Lucas Annes;
. Clara de Paula, casada com José Antônio Fernandes Cezimbra;
. Luis de Paula, casado com Maria Luisa Teixeira;
. Francisca de Paula (minha bisavó paterna), casada com José Caetano Motta;
. Rita de Paula, casada com José Castilhos dos Reis;
. General Firmino de Paula e Silva, casado com Margarida Neves;
. Francisco de Paula, casado com Praxedes Pereira da Costa;
.  Balbina de Paula, casada com João da Silva Bueno;
. Carolina de Paula, falecida solteira;
 . José de Paula, falecido solteiro.

O Barão de Ibicuy faleceu em Cruz Alta, em 10/04/1879, sendo que alguns anos após, seus restos mortais foram levados para o cemitério municipal da cidade de Santa Maria, RS, no Jazigo da Família.


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens
Dicionário das Famílias Brasileiras - Verbetes: Ibicuy, Baronesa, famílias Silva Machado e Avelar Magalhães
Nobreza de Portugal e do Brasil - editorial enciclopédia - Lisboa, Vol. III, 1961

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Poesia - Recordando - Deuclydes Gudolle

Quando eu vou à esse  São Jorge amado
Quanta recordação me vem querida
Recordo com saudades dias do passado
Quando lá vivíamos tão feliz a vida...

E transporto-me para lá, quadra querida
De um risonho viver tão descuidado
Ninguém supunha chorar cruel sentida
As saudades de mortos tão amados...

Hoje tudo mudou, o sofrer é tanto
Que os olhos se conservam lacrimosos
E inunda a recordá-los amargo pranto...

Foram tantos os que foram e tão saudosos
Que a felicidade nos fugiu de espanto
Ao ver tanta dor em olhos tão chorosos...

                DELLE  - São Jorge/1934

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens


terça-feira, 10 de julho de 2012

Assento de Óbito - Malvina Gudolle e André Martins Gudolle

       
          "Aos tres de Setembro de 1928, falleceu Malvina Gudolle, com 54 amnos de idade, filha de André Gudolle, solteira, e foi por mim encommendada. Vigº.Paulo ....."


          " Aos onze de Novembro de 1928, falleceu, victimado pela gryipe, André Gudolle, brasileiro, com setenta e seis amnos de idade, casado com Dª. Julia Nunes Gudolle, e foi por mim encommendado. Vigº Paulo...... ."


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Assento de Óbito - Duarte Joaquim da Silva


      "Aos vinte e cinco de Agosto de mil novecentos e desessete, falleceu Duarte Joaquim Da Silva, com sessenta e nove anos de idade, casado, filho legitimo de Bonifacio Soares da Silva e Bernardina Flora da Silva. Foi por mim encommendado e acompanhado até cemitério. Vigª. Leão Blondet".


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terça-feira, 26 de junho de 2012

Um Pouco da Família de Virgilio Nunes de Castro

Meu avô paterno Virgilio Nunes de Castro, nasceu em 29/8/1874, na cidade de Nazaré das Farinhas  localizada no centro sul do recôncavo baiano, as margens do rio Jaguaribe.
O pai  de Virgilio foi José de Araújo Castro (veterano da Guerra do Paraguai), filho de José Veríssimo de Castro e Francisca Maria de Araújo Castro e  a mãe, Virginia Angélica  de Araújo Castro, filha de Filipe Nunes Guimarães e  Rosa Angélica do Amor Divino.



                    José de Araújo Castro e Virginia Angélica Nunes Castro




                    Assento de Matrimônio de José e Virgínia Angélica


"Aos vinte e trez diaz do mes de Abril de 1849 e, feitaz as denunciações do Concílio Tridentino, acestirão ... .. em meu poder e sem impedimento na Igreja Matris desta Fregsia......e das testemunhas Antonio de Souza Bitencourt e Manoel ....de Brito.....com palavras, cazarão José de Araújo Castro e Virginia Angélica do Amor Divino, esta filha legitima de Filipe Nunes Guimarães e Roza Angelica do Amor Divino, e aquele, filho legitimo de José Veríssimo de Castro e Francisca Maria de Castro, todos moradores nesta Fregsia. E logo receberão as bençãos nupciaes. Para constar fis este assento e assinei. O Vigário Manoel Jacintho Perª."



                             Anotações escrita por Virginia Angélica

"No dia 29 de Agosto de 1874 às 8 horas do dia nasceo o meu filho Virgilio, baptisou-se no dia 1º de Janeiro de 1877, foi seo Padrinho seu irmão Prospero Augusto de Castro e Madrinha a Srª D. Laura Pires Pedreira com procuração a sua irman D. Anizia Rosa de Castro....assignou este acto no Engenhonde baixo do Dr. José Nunes da Silva, o Rdº Gregorio do Nascimento e Apsumpção com licença do Vigrº da Fregzia desta Cidade.
Entrou para Eschola no dia 18 de Abril de 1881, sendo o Professor M. Honorio de Miranda."


                         
                             Anotações escritas por Virginia Angélica

"No dia 6 de Julho de 1875 o meo filho Dr. Antonio H. de Castro embarcou-se com sua familia para a Provincia do...........para onde foi removido - por ordem do governo, levando em sua companhia seu mano Ilidio, e lá chegaram com bôa viagem no dia 13 do mesmo mez, e no dia 14 de Novembro do mesmo anno voltou o Ilidio com molestia chegando aqui em Nazareth ainda bastante desfeito.
No dia 9 de Abril de 1876 de volta na Bahia o mesmo meo filho Dr, vindo bastante doente do ....... juntamente com sua filhinha."








































segunda-feira, 25 de junho de 2012

DIREITO AUTORAL

Respeitem o Direito Autoral ( Lei nº 9.610/1998 )

Em caso de "cópias" citar a fonte!!!!!!

domingo, 24 de junho de 2012

Assento de Matrimônio de Maximiano Bonifácio da Silva e Cândida da Silva Caldeira

                      Matrimônio ocorrido em Itaqui, RS, em 20/11/1882

"Aos vinte de Novembro de mil oitocentos e oitenta e dous, nesta Parochia de Itaquy, depois das tres admoestações e mais diligencias do Concilio Tridentino e Constituições do Bispado, sem impedimento, em minha presença e das testemunhas, Joaquim de Freitas Noronha e Dionisio Bonifácio da Silva se recebem em Matrimônio, com palavras de presente, Maximiano Bonifácio da Silva, nascido e baptisado na Parochia da cidade de Uruguayana, filho legítimo de Bonifácio Soares da Silva, já fallecido, e Bernardina Flora da Silva, com Cândida da Silva Caldeira, nascida e baptisada na mesma Parochia de Uruguayana, filha legítima de Lino da Silva Caldeira, já fallecido, e Carolina Caldeira;  e lhes conferi as bençãos nupciaes, na forma do Ritual Romano. E para constar, fis este assento, que assigno. O Vigario José de Noronha Nápoles Massa."


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