REGISTROS, GENEALOGIAS, HISTÓRIAS E POESIAS...
a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Poesia - Adeus ao Pago - Deuclydes Gudolle

Adeus, eu vou partir, meu pago amado
E talvez para nunca mais voltar
Levarei o meu peito abarrotado
De tantas saudades para recordar
Cumprirei nesta vida o triste fado
Mas o pago, jamais hei de olvidar...

Na minha infância, aqui vivi contente
Numa ânsia constante de crescer
E nessa vida feliz vivia crente
Sem pensar que haveria de sofrer
Na mocidade sentia a chama ardente
No meu peito de moço se acender...

Então me embalava em doce encanto
Minha voz ecoava pelo rincão
A lira deferia alegre canto
Em ânsias palpitava o coração
Se às vezes vertia amargo pranto
Novos dias vinham dar consolação...

Nesse alegre viver da mocidade
Eu sonhei tantos sonhos de verdade
Que jamais pensei em despertar
E hoje velho, num viver sem crença
Transito pela vida sem que vença
Esta ânsia constante de cantar...

DELLE - Bela União, 1953


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

Arquivo Jean Gudolle - Apontamentos I





Jean registra seu casamento com Virginia de Vargas Martinez (Martins) no ano de 1850, o nascimento de seus filhos André, Rosalina e Marcolina, bem como o falecimento da última filha.

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens
Transcrição Paleográfica por Vanessa Gomes de Campos
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Arquivo Jean Gudolle - Documentos I




Recibo pagamento imposto da carreta de Jean Gudolle, referente a fazenda e mais gêneros - 1867 2º Distrito de São Borja/RS.


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens
Reprodução Paleográfica de Vanessa Gomes de Campos

Poesia - À Meus Filhos - Deuclydes Gudolle

Nas minhas Bodas de Prata

Ninguém é mais feliz que eu neste momento
De ver meu lar assim tão festejado
E meus filhos num real contentamento
Celebrando meus vinte e cinco anos de casados...

E afirmo ser feliz num juramento
E ao ver minha terna companheira ao lado
Ao Altíssimo elevo o pensamento
E agradeço ser tão eternamente amado...

E vejo em vocês meu sangue quente
A mocidade palpitando ardente
Meus rebentos tão viçosos florescer...

Eu suplico ao meu Deus todo bondade
Que a vida só lhes dê felicidade
E que sejam tudo que eu quisera ser...

DELLE - 1938


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

Arquivo Jean Gudolle Correspondência I Transcrição Paleográfica conf. diretrizes e convenções das Normas Técnicas Brasileiras





Carta de Guillhome Gudolle à seu filho Jean Gudolle,datada de 12/5/1845, proveniente de Lescurry - França

Transcrição Paleográfica por Vanessa Gomes de Campos
Arquivo Pessoal de FCG e Marilia Gudolle C.Göttens

Arquivo Jean Gudolle - Correspondência I





Carta de Guillhome Gudolle à seu filho Jean Gudolle, datada de 12/5/1845, proveniente de Lescurry - França


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

sábado, 17 de dezembro de 2011

Poesia - Poeta Triste - Deoclydes Gudolle

Dizem-me por ser poeta é que sou triste
E que a dor do poeta é a mais sentida
Ela vai ao coração... e se cantar persiste
É para externar a dor - resistir à vida...

O poeta sofre e canta o sofrimento
O muito sofrer as almas fortificam
Cantando teem real contentamento
Cantar saudades que no passado ficam...

Que importa que triste seja a minha alma?
Que na própria tristeza encontro calma
Relembrando a mocidade tão vibrante...

E quando a alegria à vida me prendia
Eu alimentava sonhos e bem feliz vivia
Cantando sempre num delirar constante...

DELLE - 1964

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

Poesia - Chimarreando - Deuclydes Gudolle

Aos gaúchos Flodoardo e Otacílio Silva

Eu estava sozinho ao chimarrão
Transportado imerso na saudade
Lembrava a vida alegre do galpão
Saboreando um amargo de verdade...

E sentindo meu velho coração
Pulsar com uma tal celeridade
Procurei acalmar a pulsação
Nas lembranças fiéis da mocidade...

E para meu consolo recordei
A vida de gaúcho carreirista
Os parelheiros todos que cuidei
E mesmo quantos eu corri na pista
Carreiras que empatei, as que ganhei
Das muitas que perdi, perdi a lista...

E veio-me à lembrança em realidade
O Gaita o teu Criolo, o meu Alazão
Desses pingos esquecer quem há
Foram todos changueiros de ocasião...

Na estância que galopo no passado
Eu chego até lá, ao São Jorge amado
E um tempo bem feliz vou relembrar...

Relembro das tardes domingueiras
Quando íamos todos às carreiras
E nos dias de serviço, trabalhar...

DELLE - 1955

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Agostinho Soares da Silva - Irmão de Matheus Soares da Silva

2. AGOSTINHO SOARES DA SILVA, nasceu em 1/6/1762, na freguesia de Triunfo, Rs. Faleceu em 1848, na Estância de São Pedro, então segundo distrito de Cruz Alta, RS, hoje em terras que divide o município de Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Foi casado com Maria do Rosário, batizada em 12/3/1771 em Taquari, RS. Era filha de José Dias do Nascimento e Rosa Maria.
Tiveram 10 filhos, quais sejam:

2.1. José Soares da Silva, batizado em 10/8/1786, em Santo Amaro, RS;
2.2. Ludovina Maria da Silva, batizada em 1/1/1789 em Santo Amaro, RS;
2.3. Eufrásia Maria da Silva, nascida em 26/8/1791, em Santo Amaro, RS e falecida antes de 1857. Casada, com geração em Uruguaiana, RS, e no Uruguai;
2.4. Umbelina Maria da Silva, nascida em 1795, e casada em 20/5/1828 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com Manoel Vasco da Silva, nascido na Vila de Castro, PR. Faleceu Umbelina em 1862 e Manoel faleceu em 1857. Residiram na Costa do Pirapó, Uruguai, com vários filhos, mas parece que faleceram em suas propriedades herdadas de Agostinho;
2.5. Bernardo Soares da Silva, nasceu em 1798, no acampamento de Santa Maria da Boca do Monte, e faleceu com 60 anos, em 1857, casado e com geração;
2.6. Raquel Maria do Rosário, nascida em 1797, solteira em 1857;
2.7. Rosa Maria da Silva, nasceu em 1808, em Cachoeira do Sul, RS, casou em 28/1/1824, em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com seu primo irmão Antônio Soares da Silva, filho de Matheus Soares da Silva. Tiveram os seguintes filhos:
2.7.1. Vasco Soares da Silva;
2.7.2. Amabilia Soares de Leiria;

2.8. Severina Soares da Silva, batizada em 1815, em Santa Maria da Boca do Monte. Casou com Joaquim Alves Furtado. Sem mais notícias;
2.9. Francisco Soares da Silva, nasceu em 1819, solteiro, residia em 1852 em Serro Araiquá, Estado Oriental do Uruguai;
2.10. Ludovina Soares da Silva, nasceu em 1820, residia no Estado Oriental do Uruguai. Em 1847, casou com seu primo Fabiano Soares de Ataíde, nascido em 1827, filho de Zacarias Soares da Silva e Ana de Ataíde.

A parte Norte da Fazenda de Agostinho Soares da Silva, foi comprada em 3/9/1874 (Livro 16º, fl.14v, Cruz Alta), por Margarida Niederauer, residente em Santa Maria da Boca do Monte, RS.
A parte dos herdeiros Vasco Soares da Silva e sua mulher Manoela Soares da Silva, são vendidas em 1874, com meia légua de frente a fundos, mais ou menos, dividindo ao norte com campos dos vendedores, divididos por uma restinga forte da qual nasce uma sanga que vai desaguar no rio Ivaí; ao oeste, pelo dito Ivaí com campos de Francisco Silveira; ao sul, por uma restinga forte, que também deságua no sobredito Ivaí e que tem as cabeceiras na estrada que vai da casa dos vendedores para São Pedro, dividindo com os campos de Eleutério e, ao leste, com campos de Amabilia Soares da Silva. Foi vendida por 3 contos e oitocentos mil réis.
Em 26/10/1875, Amabilia Soares de Leiria, passa escritura de campos a Margarida Niederauer. Foram vendidos a 2 contos e 500 mil réis. Campo situado no 2º distrito, lugar denominado São Pedro, com meia légua, mais ou menos, com as seguintes divisas: Ao norte, com campos dos vendedores por um valo fundo que atravessa a restinga que divide o campo de Eduardo José da Silva, a uma sanga que divide com os campos de Vasco Soares; pelo leste divide com os campos de Eduardo José da Silva, por uma restinga que vem de São Pedro até o último capãozinho que tem em suas nascentes; ao sul com campos de Eleutério Alves Pacheco, pelo dito capãozinho que tem nas cabeceiras da dita restinga que vem de São Pedro, e daí seguindo por uma vertente que vai desaguar numa restinga chamada Orqueta; e pelo Oeste, finalmente, divide-se com os campos dos compradores.

Escritura de campos divididos em três partes que fazem Antônio Soares da Silva, Vasco Soares da Silva e sua mulher Amabilia Soares Leiria em 1876 (L6º,17 e 17v Cruz Alta) a Manuel Maria de Oliveira, todos moradores no segundo distrito de um rincão de campos denominado São Pedro, cujas partes houveram por herança de seus pais Agostinho Soares da Silva e sua mulher Maria do Rosário. Esse campo se divide pelo rio Ivaí e por uma restinga que sobe do rio Ivaí e desviando com campos de Mariana de Tal e por um valo velho, e segue uma vertente que vai desaguar no rio Ivaí, dividindo com Margarida Niederauer, sendo o valo velho divisa da mesma Margarida e hoje do comprador e do dito valo velho até certa altura, dividindo com campos de Eduardo José da Silva, por uma restinga onde encontra-se a divisa dos campos de Mariana de Tal, já mencionada.

A Fazenda DO CÉU AZUL, na zona do Passo dos Buracos, hoje no 1º distrito de Júlio de Castilhos, foi comprada por Manuel Maria Dias de Oliveira e era lindeira aos campos dos Batista. A FAZENDA DA SORTIGA, foi comprada por Francisco Ferreira de Castilhos, comprador da FAZENDA DA RESERVA e herdados pelo genro, Dr. Joaquim Francisco de Assis Brasil. Essas duas fazendas não faziam parte da FAZENDA SÃO PEDRO, localizando-se ao leste.
A FAZENDA SANTA INÊS, foi organizada pelo Cel. José Libindo Vianna a partir de compras de campos dos herdeiros de Agostinho Soares da Silva, Eduardo José da Silva, Francisco Duarte Figueiró e outros. Compreendia as glebas de Boa Vista (do Ivaí), Itú e o campo dos Eduardos (ver mapa de Cruz Alta 1925, A.G.Edler) e ficava na parte norte da antiga Fazenda São Pedro, enquanto CÉU AZUL e SORTIGA ficavam a leste.
A parte sul da Fazenda São Pedro, foi denominada Fazenda SÃO PEDRO DO TARUMÃ; tinha sido sede da estância jesuítica de São Pedro, do povo de São Lourenço.
Em 30/4/1919 (Livro 3º, fl. 79v e 80), é passada escritura de um campo no segundo distrito, lugar denominado Encruzilhada, confrontando ao norte com Lindolfo Eduardo da Silva e Liberato Paulino da Silva, ao sul com Maria José da Silva, ao leste com os transmitentes, pela estrada geral e, ao oeste, com o mesmo Lindolfo Eduardo da Silva. O transmitente é
José Bento da Silveira Borges e sua mulher Ubaldina de Mello Borges e adquirente é Antônio Leal, havida dita parte de campo por herança da sogra e mãe Basília Corrêa de Mello.
Em 27/7/1929 (L3º,32v e 33, de Tupanciretã), é passada escritura de venda de campos de Mello Marques de Mello e sua mulher Josina de Oliveira Melo a José Libindo Vianna. São descritos como campos na antiga Fazenda São Pedro do Tarumã, dividindo-se: a leste, pela estrada geral que vem do Ivaí a São Pedro Mirim; a norte, com campos do outorgado adquirente, a oeste com campos de Bonifácio Corrêa de Mello, por uma restinga, e com campos da Francisco Pereira da Silva e ao sul, com campos do mesmo Francisco Pereira da Silva, situado na invernada da Orqueta.
Em 12/8/1893, em Vila Rica (atual Júlio de Castilhos), MelloMarques de Mello, vende a Alfredo de Oliveira Mello uma parte de matos havido por herança de sua mãe Ubaldina Freitas de Mello situados na Serra Geral dos Rincão dos Mellos. Test. Antônio de Mello Rego, Bonifácio Corrêa de Mello e Theodoro Ribas.
Ainda, na parte sul da antiga fazenda pertencente a Agostinho Soares da Silva, localizava-se a fazenda de SÃO PEDRO TUJÁ, onde morou Alexandre Jacinto da Silva. No inventário do Cap. Manuel Vicente Lírio, autuado em Cruz Alta em 1849, é dado como morador na Fazenda São Pedro Tujá. Na época do inventário de Alexandre Jacinto da Silva (1859), avô da esposa de Manuel Lírio, consta como pertencente a este cidadão. (Ver 1º distrito de Cruz Alta). Este deve ter, assim como Rafael de Oliveira Mello, comprado a herdeiros de Agostinho Soares da Silva.

FAZENDA CÉU AZUL
Propriedade de Manuel Maria Dias de Oliveira, desmembrada da propriedade de Matheus e Agostinho Soares da Silva.
OBS: As Fazendas São Pedro, Céu Azul e Sortiga, pertenceram a Agostinho e Matheus Soares da Silva, conf. consta da pesquisa. Os demais irmãos dos mesmos, não aparecem.

Genealogia Tropeira - Pereira, Cláudio Nunes;
Fundação e Evolução das Estâncias Serranas - Gomes, Aristides de Moraes Gomes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Continuação da Árvore de Costado de Matheus Soares da Silva e Maria Angélica de Jesus

1.3. Constância Joaquina da Pureza, nasceu em Santo Amaro, RS, em 1783, e casou com Joaquim José César, nascido na cidade do Porto, filho de João José César e de Antônia do Espírito Santo, também nascidos no Porto. Constância e Joaquim José tiveram os seguintes filhos, quais sejam:
1.3.1. Silvério, nascido em 1805;
1.3.2. Américo José César, nascido em 1807, na freguesia de Santa Maria da Boca do Monte, RS, e casou nesse mesmo local, em 3/8/1832 com Constância Joaquina da Pureza, viúva de Miguel Domingues de Oliveira;
1.3.3. Cezelina Joaquina da Pureza, nasceu em 2/5/1808 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, e faleceu em 1859. Casou em 23/11/1827 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com seu primo Sezefredo Soares de Ataíde, filho de Zacarias Soares da Silva e Ana Delfina de Ataíde, com geração;
1.3.4. Porfírio, nasceu em 16/11/1811, em Santa Maria da Boca do Monte, RS;
1.3.5. Claudiana Joaquina da Pureza, nasceu em 2/9/1814 e foi batizada em 24/9/1814 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, onde casou com o Te. Floriano Antônio dos Santos, filho de Maria da Rosa e de Nicolau Antônio dos Santos ?. Filhos de Claudiana e Floriano:
1.3.5.1. Manuel, casado;
1.3.5.2. Agostinho, casado;
1.3.5.3. Iria Pulquéria, casada com o Major João Batista de Oliveira Melo. Pais de:
1.3.5.3.1. João Câncio Pulquério e Melo, nascido em Santa Maria da Boca do Monte, RS em 12/4/1832;
1.3.5.4. Fabiano, casado;

1.3.6. Maria, batizada em 1815, em Santa Maria da Boca do Monte, RS, casada, com 54 anos em 1859. Filhos:
1.3.6.1. Policena, casada, com 20 anos em 1859;
1.3.6.2. Francisca, solteira, com 18 anos em 1859;
1.3.6.3. José, com 16 anos em 1859.

1.3.7. Manuel, faleceu com 41 anos;
1.3.8. Mateus, casado. Filhos:
1.3.8.1. Florisbela, casada, em Santa Maria da Boca do Monte, RS;
1.3.8.2. Silvéria, casada, com 20 anos em 1859, no Ivahy;
1.3.8.3. Armina, solteira, com 22 anos em 1859;
1.3.8.4. João, solteiro, com 18 anos em 1859;
1.3.8.5. José, 14 anos em 1859;

1.3.9. João, casado com 37 anos em 1859;
1.3.10. Militão, com 37 anos em 1859, incerto, ausente;
1.3.11. Agostinho, casado, com 33 anos em 1859;
1.3.12. Rita, casada, com 30 anos em 1859;

1.4. João Soares da Silva, batizado em 30/7/1786 em Santo Amaro, RS;
1.5. Antônio Soares da Silva, nasceu em 1788 e casou com Rosa Maria do Nascimento, nascida em 1808.
Em 27/6/1835, na Fazenda da Sortiga, Antônio Soares da Silva, em sua casa de morada, distrito de São Martinho, Cândido Soares da Silva e sua mulher Maria da Assunção, passaram procuração constante no Livro 2º de notas de Cruz Alta, RS, fls. 19/20v.
1.6. Cândido Soares da Silva, nasceu em 15/4/1790, em Santo Amaro, RS, casado com Maria da Assunção;
1.7. Raquel Soares da Silva (já postada anteriormente);
1.8. Manuel Soares da Silva, nasceu em 11/2/1794 em Santo Amaro, RS;
1.9. Ana Soares da Silva, nasceu em 1796, falecida solteira, antes de 1864.

OBS: Esta Árvore de Costado poderá conter algum dado e data equivocado. Também é passível de acréscimos e correções, que porventura, possam surgir.

Arquivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens
Antigas Famílias Cruzaltenses - Domingues, Moacir
Genealogia Tropeira - Pereira, Claudio Nunes
Fundações e Evolução das Estâncias Serranas - Moraes Gomes, Aristides de
As Missões Orientais e seus Antigos Domínios - Silveira, Hemetério Veloso da

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Árvore de Costado de Matheus Soares da Silva e Maria Angélica de Jesus

Como já postado em 20/11/2011, MATHEUS SOARES DA SILVA nasceu em Viamão, RS, mais precisamente nas "datas", na Capela de Santana do Morro Grande, hoje 2º distrito de Viamão, no dia 8/12/1752.
"Datas" era uma área de terra com 1.000 metros de frente por 2.000 metros de frente a fundo, doadas pelo governo imperial para assentamentos dos emigrantes açorianos com o objetivo de povoar, a partir de 1732, o isolado território do Rio Grande do Sul. Cada "data" era ocupada por um Casal de Açorianos para exploração agrícola e pastoril.
MATHEUS foi o 1º filho de açorianos que nasceu no Rio Grande do Sul.
Os pais de MATHEUS eram oriundos da Ilha de São Jorge e foram componentes da primeira leva que emigrou da Ilha de Santa Catarina, hoje Florianópolis, para as imediações do recente Forte Militar construído na Barra do Rio Grande em 1727, onde aguardaram, por alguns anos, assentamento definitivo como povoadores da região sul. Logo, os pais de MATHEUS se encontravam nos Campos Altos de Viamão, à época em que Jeronimo de Ornelas Menezes, fundava o Porto dos Casais com sua Sesmaria do Morro de Santana.
MATHEUS era neto paterno de ANTONIO GOMES e CATARINA DIAS, e neto materno de MANUEL DA SILVEYRA e ANA TEIXEIRA, todos naturais da Ilha de São Jorge, Portugal.
MATHEUS, com 20 anos, casa em 27/02/1772 na Matriz da Paróquia do Senhor do Triunfo, com MARIA ANGÉLICA DE JESUS, natural do Rio Grande de São Pedro, filha de MATHEUS CORRÊA e de JOSEFA MARIA, ambos naturais das Ilhas e oriundos dos primeiros casais açorianos que foram assentados à entrada da Barra, hoje cidade de São José do Norte.
Além de MATHEUS, seu pai MANOEL PEREIRA SOARES e sua mãe MARIANA DA SILVEIRA ( Testamento feito em Rio Pardo em 21/1/1809 e aberto em 14/7/1810), tiveram no total 6 filhos, quais sejam:

-1- MATHEUS SOARES DA SILVA
-2- Agostinho Soares da Silva
-3- Antonia Soares da Silva, casada com José Francisco da Silveira;
-4- Teresa Soares da Silva, viúva de Bento Coelho;
-5- Ana Soares da Silva, viúva pela 2ª vez;
-6- Juliana Soares da Silva, casada, que deixou os filhos: Clemente Carlos dos Reis; Ana, José Clemente.

MATHEUS e Agostinho receberam uma sesmaria de campos na costa oriental do rio Ibicuí (entre Cacequi e São Francisco), e depois obtiveram outras sesmarias, uma para cada um, que abrangiam campos desde a Guarda de São pedro Tujá (hoje Abacatu) e daí se estendendo pelas margens do rio Ivaí e parte do Arroio Buracos. Adquiriram, mais tarde, por compra, os campos conhecidos como "Sortiga". Essa fazenda Sortiga, era onde os jesuítas recolhiam gado para conservar no inverno. Coube em herança à 1ª esposa do Dr. Joaquim Francisco de Assis Brasil, onde residiram por algum tempo. Em 1956, pertencia a herdeiros de Aparício Corrêa de Barros.
MATHEUS faleceu com 94 anos, no ano de 1846, em sua fazenda, cujos campos se localizam hoje no atual município de Júlio de Castilhos, RS, outrora distrito de São Martinho da Vila do Divino Espírito Santo da Cruz Alta.
Casou MATHEUS em 27/2/1772, com 20 anos, na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus do Triunfo, mas residia nessa época em Santo Amaro, RS, com MARIA ANGÉLICA DE JESUS, nascida em Rio Grande de São Pedro, filha de MATHEUS CORRÊA DE MELO e JOSEFA MARIA, ambos da Ilha de São Jorge, Portugal
O pai de MATHEUS, Manuel Pereira Soares, faleceu no ano de 1810 em Rio Pardo, RS.

Descendência de MATHEUS SOARES DA SILVA e MARIA ANGÉLICA DE JESUS:
1.1. Gertrudes Soares da Silva, nascida em Santo Amaro, RS e batizada em 16/6/1775 em Triunfo. Casou a 1ª vez em 20/1/1789 com Matheus Pereira da Silva, nascido em Serro do Frio, filho do capitão-mor Antônio Pereira da Silva, nascido na freguesia de N.S. da Conceição de Araçuaí, comarca do Serro do Frio, minas Gerais, Arcebispado da Bahia, e de Maria Quitéria de São José, a mesma freguesia e comarca. Faleceu gertrudes em 5/2/1825 no curato de Santa Maria do Boca do Monte, RS.
Filhos do 1º matrimônio de Gertrudes e Matheus Pereira da Silva:
1.1.a. Manuel Francisco Soares da Silva, casado, residente em São Borja;
1.1.b. Eufrásia Quitéria de Carvalho Soares da silva, nascida em Santo Amaro, RS, e batizada em 10/11/1795 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com João Machado de Almeida, nascido em Sorocaba, filho do Cap. Francisco Manuel Machado e |Isabel Loureiro Machado de Almeida;
1.1.c. Francisca Guimarães de Carvalho Soares da Silva, nascida em 10/3/1793, e batizada em 22/3/1795 na freguesia de Santo Amaro, e falecida antes de 1846. Casou em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com o Cap. Fabiano Pires de Almeida, residente em São Borja, filho de Pedro Taques de Almeida, nascido em Sorocaba, e de Martinha da Assunção;
1.1.d. Claudiana Soares da Silva, nascida em 15/6/1791 e batizada em 24/6/1791 em Santo Amaro, RS. Casou a 1ª vez com.....Soares.
Filhos de Claudiana e ....Silva:
1.1.d.a. Manuel, nascido em 1816, casado;
1.1.d.b. Agostinho, nascido em 181?, casado;
1.1.d.c. Iria Pulquéria, nascida em 181?, e falecida em 23/8/1832, casada com o Major João Batista de Oliveira Melo, nascido em São Paulo, filho do Ajudante Antônio de Melo Rego e de Virgilia de Oliveira. Pais de João Câncio Pulquério e Melo, nascido em 12/4/1852, e batizado em 28/4/1832 em santa Maria da Boca do Monte, RS.;
1.1.d.d. Fabiano, casado com Maria Cândida da Silveira e residente em Cachoeira do Sul, RS;
Claudiana Soares da Silva, casa pela 2ª vez, em 15/8/1814 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com Dionisio Francisco da Silva, nascido em 17/4/1754 e batizado em 6/5/1754 em Rio Grande, RS, já viúvo de Joaquina Maria da Conceição, batizada em 9/4/1765 em Viamão, RS e falecida em 14/8/1809, filha de Manuel martins ferreira e de Maria do Rosário. Dionisio é filho de Domingos martins Pereira, falecido em 13/8/1782 em Viamão,RS, e nascido na freguesia de Santo Antônio, lugar da Veiga, Arcebispado de Braga, e de Ana Francisca da Silva, batizada na Sé do Rio de Janeiro.

Gertrudes Soares da Silva, casa pela 2ª vez em 25/8/1799 em santo Amaro, RS, com o mais tarde Capitão-mor Manuel Francisco da Silva, nascido em 19/4/1772 e batizado em 28/4/1772 em Viamão, RS, e falecido em 19/8/1829 (com testamento em Rio Pardo), filho de Domingos Martins Pereira, falecido em 13/8/1782 em Viamão, RS, e de Ana Francisca da Silva, já referidos.
Filhos do 2º matrimônio de Gertrudes e Manuel Francisco da Silva:
1.2.a. Capitão Boaventura Soares da Silva, solteiro em 1847 e residente em São Borja (ver fazenda Santo Izidro).;
1.2.b. Fortunato Francisco da Silva, casado, residiu primeiro na costa do Quaraí, município de Alegrete, RS, e depois, em 1859, já se encontrava no município de \Uruguaiana;
1.2.c. João Batista Soares da Silva;
1.2.d. Maria Manuela da Silva, casou em 19/4/1823 na freguesia de Santa Maria da Boca do Monte com Agostinho José Lourenço, filho do Guarda Mor Agostinho José Lourenço, nascido na Ilha de Santa Maria, falecido em 10/8/1831 em Porto Alegre,RS, e de Ana Rosa da Conceição;
1.2.e. Gertrudes Soares da Silva, nascida em 2/4/1814 e batizada em 1/5/1814 no Curato de Santa Maria da Boca do Monte, RS. Estaria casada já em 1829;
1.2. f. Luciana Manoela da Silva, casada com Agostinho Cardoso de Souza, filho do Major Francisco Cardoso de Souza e Inocência Joaquina, pais de Manoel, nascido em 4/7/1834 e batizado em 26/8/1834 em Rio Pardo, RS. Manoel casou com Francisca Idalina da Silveira. Tiveram Universina e Manoel Caetano de Oliveira;
1.2.g. Silvério, batizado em 1805 em Santa Maria da Boca do Monte, RS; teria falecido antes de 1829.
O Capitão-mor Manuel Francisco da Silva, após o falecimento da esposa Gertrudes Soares da Silva em 1823, casou pela 2ª vez com Flora Cândida de Camargo, que em 1829 estava pejada, e foi precisamente nesse ano que o Capitão-mor faleceu. Essa Cândida Flora de Camargo era filha de João Cardoso de Souza e de Joaquina Francisca de Camargo (da família Munhoz de Camargo).

1.2. Zacarias Soares da Silva, nasceu em 1780, casou com Ana Delfina de Ataíde, nascida em Lajes, SC, filha do Cap-mor Manoel Rodrigues de Ataíde, nascido em Parnaíba, SP, e de Maria do Rosário, nascida em 1754 em Laguna. Neto paterno do Cap. mor Guilherme Antônio de Ataíde, natural de Parnaíba, e que casou em 1740 com Maria Rodrigues de Miranda.
Filhos de Zacarias e Ana Delfina:
1.2.1. Castorina de Ataíde Soares da Silva, nasceu em 1808 em Santa Maria da Boca do Monte, RS;
1.2.2. Sezefredo Soares de Ataíde, nasceu em 1800 e casou em 23/11/1827 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com sua prima Cezelina Joaquina da Pureza, nascida em 2/5/1808 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, filha de Joaquim José César e de Constância Joaquina da Pureza. Tiveram 11 filhos, quais sejam:
1.2.2.1. Tristão, nasceu cerca de 1828, casou com Policena Joaquina de Souza;
1.2.2.2. Basilio, nasceu cerca de 1829, casado;
1.2.2.3. Manuel, nasceu cerca de 1830, solteiro;
1.2.2.4. José, nasceu cerca de 1831;
1.2.2.5. Porfírio, nasceu cerca de 1832;
1.2.2.6. Simeão, nasceu cerca de 1835;
1.2.2.7. Severino, nasceu cerca de 1836;
1.2.2.8. Maria, nasceu cerca de 1837, solteira;
1.2.2.9. Leonida, nasceu cerca de 1838;
1.2.2.10. Constância, nasceu cerca de 1839;
1.2.2.11. Clemência, nasceu cerca de 1842.

Em 19/1/1863, José Maciel César diz que é possuidor de campos sito no lugar denominado São Pedro (atual Julio de Castilhos), que lhe tocou por meação com o falecimento de sua esposa Mariana Lopes de Almeida. Mariana era viúva de Salvador Soares de Albuquerque. Mariana teve óbito registrado em 10/6/1862, contando com 54 anos. Morava 6 léguas distante da Vila de Cruz Alta. José Maciel César e Mariana foram pais de Joaquim Maciel César, nascido por volta de 1848.

1.2.3.Claudiana Delfina de Ataíde, casou em 20/1/1828 com Salvador do Espírito Santo e Souza, filho de Salvador Lopes de Almeida e Maria Pires, ambos de Castro, PR;
1.2.4. Baldomiro (Baldoíno) de Ataíde, solteiro, 22 anos, residente em Santa Maria da Boca do Monte, RS;
1.2.5. Zacarias Soares de Ataíde, nascido nas Missões, e casado em 17/12/1844 com Maria de Ramos, nascida em São Martinho, RS;
1.2.6. Fabriciano Soares de Ataíde, 19 anos praça de 1ª linha;
1.2.7. Delfino Soares de Ataíde, solteiro, faleceu antes de 1846;
1.2.8. Mariano, falecido menino;
1.2.9. Maria Soares de Ataíde, viúva;
1.2.10. Francisca Soares de Ataíde, solteira aos 16 anos;
1.2.11.Francisca Soares de Ataíde, casada com Salvador de tal, morador na Serra de São Xavier.

Aruivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva e Marilia Gudolle C. Göttens
Genealogia Tropeira - Pereira, Claudio Nunes - 2004
Antigas Famílias Cruzaltenses - Domingues, Moacir
Fundação e Evolução das Estâncias Serranas - Moraes Gomes, Aristides de - Cruz Alta
As Missões Orientais e seus Antigos Domínios - Silveira, Hemetério Veloso da - Porto Alegre


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Maximiano Bonifácio da Silva, quinto filho de Bonifácio e Bernardina Flora da Silva

5. MAXIMIANO BONIFÁCIO DA SILVA, nasceu em Alegrete, no dia 18/2/1861 e faleceu em São Borja, aos 2/2/1918.
Casou com Cândida Caldeira da Silva, nascida em 15/3/1866, no distrito de Caroví, em Santiago. Filha de Lino Goularte Belmonte e de Carolina Caldeira da Silva Belmonte.
Os ancestrais de Carolina Caldeira da Silva, não serão postados tendo em vista a impossibilidade de localizar seu parentesco.
Lino Goularte Belmonte, foi membro ativo da Loja Maçônica "Triumpho da Razão", ao Oriente de Alegrete, onde foi iniciado em 21/6/1872, conf. Bréve que existe na mesma loja hoje com outro nome. Alguns de seus seguidores familiares como seu genro Maximiano e seus netos Pedro Caldeira da Silva, Ary Caldeira da Silva, Antônio Caldeira da Silva e seus bisnetos Pedro Conceição Ocampos da Silva e Leonidas Dante Dubal, também fizeram e fazem parte dos cultores da Arte Real.

Descendentes do casal Maximiano e Cândida Caldeira da Silva:

5.1. Ernestina da Silva Bueno, nasceu em 11/1/1884. Faleceu em 17/9/1975 em Porto Alegre. Casou com Abrelino Esnarriaga Bueno, argentino, em 11/1890, filho de Antônio Oliveira Bueno e Perpétua Esnarriaga Bueno, Argentina;
5.2. Pedro Caldeira da Silva, nasceu em 20/4/1885, em Itaqui. Faleceu em 17/7/1970 em São Borja. Casou em 18/5/1910 em Itaqui, com Senhorinha Goularte da Silva, nascida em 28/3/1894 e falecida em 26/6/1972 em São Borja. Era filha de Duarte José da Silva e de Ana Firmina Goularte da Silva (Tia Niquinha);
5.3. Ecilda da Silva Tarragô, nasceu em 10/3/1898 em Itaqui, e faleceu em 11/1/1985 em Tupanciretã. Casou em 22/3/1922 em São Borja, com José Carmani Tarragô.
Ecilda residia na Fazenda "São Rafael", 3º Distrito de Santo Ângelo, quando de seu 2º casamento com Rafael Viana;
5.4. Didima Caldeira da Silva - Faleceu solteira;
5.5. Ercilia Ramos da Silva, nasceu em 12/4/1899 e faleceu em São Borja em 2/11/1974. Casou em 12/4/1923 com seu primo Diogenes Ramos da Silva, nascido em 7/4/1900, filho de Bento Florisbelo da Silva e Ana Ramos da Silva;
5.6. Iná da Silva Marques, nasceu em 6/5/1902. Casou com Aguinaldo Marques em São Borja. Faleceu na cidade de Campinas, SP, em 4/2/1987;
5.7. Antônio Caldeira da Silva, nasceu em 15/2/1906. Casou em 5/12/1931 com Ana Dubal da Silva, nascida em 15/9/1912, filha de Paulino Dubal e Andréa M. Dubal;
5.8. ARI CALDEIRA DA SILVA ( nosso primo que fez parte desta pesquisa da família SILVA) , nasceu em 23/8/1909, em Itaqui, casou em 23/12/1933 em Porto Alegre com Leonor Pilla da Silva, nascida em 12/2/1912, filha de Victório Pilla, nascido em 17/11/1883 e falecido em 8/10/1945 em Porto Alegre, filho de Ângelo Pilla e Ana Donadél Pilla; e de Ermelinda Lopes Pilla, nascida em 27/11/1885 em Santo Antônio da Patrulha e falecida em 3/9/1950, filha de Antônio Vieira Lopes e de Ana Lopes. ARI CALDEIRA DA SILVA faleceu em 1992/1993 em Porto Alegre.

Arquivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ainda a descendência de Bonifácio Soares da Silva e Bernardina Flora da Silva

Do casamento de BONIFÁCIO E BERNARDINA descendem:

1. DUARTE JOAQUIM DA SILVA, casado com MARIA JOSÉ MONTEIRO DA SILVA (já postado anteriormente);
2. JOSÉ BONIFÁCIO DA SILVA, casado com JOAQUINA MARTINS DA SILVA;
3. DIONIZIO BONIFÁCIO DA SILVA, casado com LÍDIA COSTA DA FONTOURA;
4. BENTO FLORISBELO DA SILVA, casado com ANA RAMOS DA SILVA;
5. MAXIMIANO BONIFÁCIO DA SILVA, casado com CÂNDIDA CALDEIRA DA SILVA;
6. FORTUNATO BONIFÁCIO DA SILVA, casado com FELICIA RAMOS DA SILVA;
7. LUCIO BONIFÁCIO DA SILVA;
8. THOMÁSIA FLORA DA SILVA, casada com Lucio José da Silva
9. ELVIRA FLORISBELA DA SILVA, casada com Alfredo José da Silva

2. JOSÉ BONIFÁCIO DA SILVA, nasceu em Alegrete em 14/4/1851, e foi batizado em 16/7/1851, sendo padrinhos Antônio José da Silva e Francisco Emílio da Silva.
Casou em 22/11/1879, na catedral de Uruguaiana, com JOAQUINA MARTINS DA SILVA, filha de JERÔNIMO RODRIGUES MARTINS e FLORISBELA SILVA MARTINS, filha de EUFRÁZIO MARTINS DA SILVA, nascido em Rio Pardo em 30/3/1823, sendo que foi casado em 1ª núpcias com Alice Martins Cordeiro em 5/12/1842, em Alegrete, filha de José Cordeiro e Maria Maximiana do Espirito Santo.

Descendência de José Bonifácio e Joaquina Martins da Silva:

1. Florisbela Martins da Silva, casou com Donato de Souza Nunes;
2. Zulmira Martins da Silva, nasceu em 6/9/1882 e batizada em 24/11/1882, conf. Livro de Assentamento nº 8, fl.4, Itaqui. Padrinhos: Maximiano Bonifácio da Silva e Francisca Martins da Silva;
3. Olintho Martins da Silva, foi criado por Fortunato Bonifácio da Silva - Solteiro;
4. Octacilio Martins da Silva. s/dados.
5. FLODOARDO MARTINS DA SILVA, nasceu em 7/2/1886. Casou em 22/1/1910 em 1ª núpcias com Julieta da Cunha Lima da Silva, nascida em 1888, conf .Livro de Assentamentos da Igreja Matriz de São Borja. Julieta era filha de Albino Conceição de Lima e Senhorinha da Cunha Lima.

O Coronel Flodoardo Martins da Silva, foi um grande impulsionador do progresso agropecuário da fronteira sul riograndense, bem como grande chefe político e comandante das forças governamentais no movimento revolucionário a partir de 1923.








6. Jerônimo Martins da Silva, nasceu em 7/12/1884 e batizado em 3/01/1884, sendo padrinhos Dionizio Bonifácio da Silva e Cândida Caldeira da Silva;
7. Eufrázio Martins da Silva, nasceu em 10/12/1888 em Itaqui, casado com Domingas Cunha da Silva, em Uruguaiana;
8. Dionizio Martins da Silva, casou em 6/9/1919 com Senhorinha Goularte da Silva, Tia Rolinha, nascida em 1893, filha de Laurindo Goularte Sobrinho e Francisca Schinini Goularte;
9. Bernardina Martins da Silva (sem dados).

3. DIONÍZIO BONIFÁCIO DA SILVA, TERCEIRO FILHO DE BONIFÁCIO SOARES DA SILVA e de BERNARDINA FLORA DA SILVA, casou com LÍDIA DORNELES DA FONTOURA em Alegrete, no dia 18/9/1880, nascida em 27/3/1856, filha de Antônio Viriato da Fontoura, nascido em 2/1/1823 e de Manuela Rosa da Costa.
Antônio Viriato da Fontoura era filho de Antônio Viriato Carneiro da Fontoura, nascido em 10/10/1792. Casou em 13/7/1816 em Rio Pardo, com Maria Joaquina da Costa, nascida em Santo Amaro.
Os pais de Antônio Viriato Carneiro da Fontoura foram o Coronel Alexandre de Souza Fontoura e Teodora Clara de Oliveira.
Os pais de Maria Joaquina da Costa foram José da Costa Leite, nascido em Santa Catarina (vila do Desterro) e Rosa Bernarda Leite, nascida em Maldonado, Uruguai.
Os pais de Manuela Rosa Costa, mãe de Lidia Costa da Fontoura, foram Amaro José da Costa e Matilde da Conceição Costa.
Do casamento de Dionizio e Lidia, descende o clan de OTACÍLIO FONTOURA DA SILVA, nascido em 1º/1/1883 em Itaqui e casado em 1906 com MARIA RITA MONTEIRO DA SILVA, filha de nosso Duarte Joaquim da Silva e Maria José Monteiro da Silva.

Por falta de dados, enumero na linhagem de Dionizio Bonifácio da Silva, somente como descendente de Otacílio Fontoura da Silva e Rita Monteiro da Silva:
3.1. SANY FONTOURA DA SILVA, nascido em Itaqui, em 6/2/1911 e faleceu em 16/8/1985 em Itaqui. Médico, pecuarista e político influente na fronteira sudoeste do RS. Casou em 7/11/1935, em Itaqui, com Cenira Bastos Silva, nascida em 23/1/1913, em Itaqui, filha de Honório Bastos e Tereza Tarragô Bastos, irmã de José Carmani Tarragô que foi casado com Ercilia da Silva Tarragô, filha de Maximiano Bonifácio da Silva e Cândida Caldeira da Silva.
Filhos de SANY e CENIRA:
3.1.1. Sergio Bastos Silva, nasceu em 18/9/1936, em Itaqui, casado com Jalva Vichara Silva, nascida em 13/9/1937 em Itaqui;
3.1.2. Tanira Silva Contursi, nasceu em 1937, em Itaqui e casou em 7/11/1955 com Antônio Contursi Filho, nascido em Itaqui, no ano de 1933;
3.1.3. Talita Silva Viçosa, nasceu em 13/2/1939 em Itaqui, e casou em 30/8/1958 com Jorge carlos Howes Viçosa, nascido em 20/8/1936;
3.1.4. Mirta Silva Goularte nasceu em 21/2/1940 e casou em 30/8/1958 com Claudino Dubal Goularte, nascido em 31/10/1938;
3.1.5. Mirna Silva Sanchotene, nasceu em 14/4/1941 e casou em 5/1/1959 com Paulo Henrique Cunha Sanchotene, nascido em 6/6/1936 e falecido em 29/3/1991.
3.1.6. Sany Fontoura Silva filho, nasceu em 4/1/1943 e casou em 14/1/1967 em Porto Alegre com Ana Ludislei da Rosa Silva;
3.1.7. Marcio Bastos Silva, nasceu em 22/3/1945 e casou em 30/11/1967 com Carmen Maria Moreira Silva, nascida em 4/1/1950.

4. BENTO FLORISBELO DA SILVA, quarto filho de BONIFÁCIO SOARES DA SILVA E BERNARDINA FLORA DA SILVA.
BENTO FLORISBELO nasceu em 30/7/1848 em Alegrete. Casou com ANA RAMOS DA SILVA (tia Vidoca), quinta filha de Inácio da Silva Ramos e de Luciana Leopoldina, falecida na estância do Ipê, em Itaqui.
Este casal Inacio e Leopoldina tiveram os seguintes filhos:
a. Luiz Alves da Silva Ramos, nasceu em 12/9/1848 e batizado em 22/4/1849 em São Borja. Casou com Vivaldina Francisca da Silva. Dessa união nasceu Felizardo da Silva Ramos, nascido em 27/7/1869, em Itaqui.
b. Francisco da Silva Ramos, casado com Emerenciana Maria Marques, filha de Jose Marques e Luciana Maria Pereira, ascendentes de Halley Marques, casado com Cecy Silva Marques, filha de Oscar Ramos da Silva e Ida Carvalho da Silva, nascida em 19/11/1897 e falecida em 12/1/1986 em Porto Alegre.
c. Pedro Silva Ramos, nasceu em 20/6/1854 em São Borja.
d. Felicia Ramos da Silva, nasceu em 21/12/1862 e casou com Fortunato Bonifácio da Silva (Tio Nato), 6º filho de Bonifácio Soares da Silva e Bernardina Flora da Silva.

Descendentes de BENTO FLORISBELO DA SILVA E ANA RAMOS DA SILVA:

4.1. Patricio Machado Silva, filho reconhecido. Nasceu em 15/4/1886 em São Borja. Casou em 26/7/1913 com Elcira Amaral da Silva, nascida em 26/9/1892, filha de Bernardino \Duarte do Amaral e Francisca Dutra Amaral;
4.2. Luciana Silva Nunes, casada com PedroFerreira Nunes. Sem descendentes;
4.3. Bonifácio Ramos da Silva (Lulu), nasceu em 15/3/1890 e faleceu em 18/12/1967. Casou em 6/3/1915 com Lucinda D'Ornellas Escobar (Pinina), nascida em 24/3/1893, filha de Emilio Pereira de Escobar e Ernestina D'Ornellas Escobar. Faleceu em 19/5/1973 em São Borja;
4.4. Oscar Ramos da Silva, nasceu em 23/11/1891 e faleceu em 7/8/1976. Casou em 8/12/1917 com Ida carvalho da Silva, filha de Horácio Carvalho e Leocádia de Paula Couto. Ida nasceu em 19/11/1897 e faleceu em 17/1/1986 em Porto Alegre.

Pesquisa de Ari Caldeira da Silva, Sany Silva e Marilia Gudolle C. Göttens.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Poesia - Meu Velho Relógio - Deuclydes Gudolle

Meu velho relógio, há quantos anos
Eu te ouço bater com precisão
Marcando horas, minutos, desenganos
E dias venturosos de ilusão...

O tempo para ti é indiferente
Em teus tic tacs vais cantando
Sem te preocupar, sempre eficiente
Essa tua missão desempenhando...

Já marcastes horas aflitivas
Momentos de angústias decisivas
Daqueles que partiram para o além...

Também marcastes horas de alegrias
Assinalando os mais felizes dias
Nas cordas sonoras de teu vai e vem...
style="text-align: center;">
DELLE - 22/6/1956 POA



Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

Poesia - Cantando o Passado - Deuclydes Gudolle

Sempre que a saudade me castiga
Eu vou para o passado recordar
Reafino minha lira, velha amiga
E vou as minhas mágoas disfarçar...

E canto, desse passado já distante
A vida de um gaúcho cruzador
Que cruzava o rincão, feliz, contente
Embalado em lindo sonho encantador...

E tudo lembro com saudade
Das noites de luar, a claridade
Quando pelos pagos transitava...

O Cruzeiro do Sul era o meu guia
E por sua posição eu já sabia
A hora que ao rancho então voltava...

DELLE - 18/11/1955


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bonifácio Soares da Silva e Bernardina Flora da Silva



Do casal BONIFÁCIO SOARES DA SILVA e BERNARDINA FLORA DA SILVA, nasceram os seguintes filhos: 1. DUARTE JOAQUIM DA SILVA (meu bisavô materno), nasceu em Alegrete, RS, em 16/6/1848, e faleceu em Itaqui, em 23/8/1917. Casado com MARIA JOSÉ MONTEIRO DA SILVA, filha do Cap. JOSÉ ANTUNES MONTEIRO e de RITA DE PAULA MONTEIRO.


Duarte Joaquim da Silva


Da descendência do casal Duarte Joaquim e Maria José, existem duas linhagens: uma que se refere a este casal, em especial, e a outra aos parentes de Rita de Paula Monteiro, da qual descendem os pais de José Eugênio da Silva, pais de Teodolino Monteiro da Silva, já falecido em Porto Alegre.
Da linhagem do casal DUARTE JOAQUIM DA SILVA E MARIA JOSÉ MONTEIRO DA SILVA, são os seguintes descendentes:





1. JOSÉ MONTEIRO DA SILVA, casado com CELINA MONTEIRO DA SILVA;
2. MARIA RITA MONTEIRO DA SILVA, casada com OTACILIO FONTOURA DA SILVA;
3. ISALINA DA SILVA GUDOLLE, casada com DJALMA PEREIRA GUDOLLE; nascido em 16/6/1885, no Distrito de São José, São Borja, RS. Filhos do Casal: 3.1. Rubem Silva Gudolle, 3.2. Euclides Silva Gudolle, casado com Eunice Bastos Sampaio;3.3. Nidia Gudolle Vidal, casada com Romualdo Nunes Vidal; 3.4. Duarte Silva Gudolle; 3.5. Maria Silva Gudolle Dias, casada com Paulino Nunes Dias; 3.6. Sibila Gudolle Bica, casada com Inácio Bica.
4. DUARTINA SILVA GUDOLLE, (minha avó materna), nasceu em 4/3/1888 em Itaqui, RS, e faleceu em 31/8/1889 em Porto Alegre. Casada com DEUCLYDES PEREIRA GUDOLLE , em 30/5/1913, e nascido em São Borja, RS em 5/01/1889, e falecido em Porto Alegre em 27/6/1971.;
FILHOS DO CASAL:: 4.1. Raul Silva Gudolle, nascido em 20/4/1914, em Itaqui,RS, casou em 31/7/1939 com Maria de Lourdes Palmeiro Gudolle, nascida em 9/9/1915, em Itaqui, Rs, filha de Luiz Acelino Palmeiro e Balbina de Souza Palmeiro; Filhos: 4.1.1. Deoclides Palmeiro Gudolle, casado com Maria Lucia Nogueira Gudolle; 4.1.2. Balbina Palmeiro Gudolle, casou com Ary Bawermann; 4.1.3. Raul Gudolle Filho, casado com Maria Helena Araújo Gudolle; 4.1.4. Manoel Luíz Palmeiro Gudolle, casado com Lorene Gudolle; 4.1.5. José Antônio Palmeiro Gudolle, casado com Carla Dulfe;
4.2. Benvinda Gudolle Dias, nascida em Itaqui, RS casada com Aureliano Nunes Dias; Filhos: 4.2.1. Claudio Gudolle Dias, casado com Marlene Dias; 4.2.2. Fernando Gudolle Dias; 4.2.3. José Carlos Gudolle Dias; 4.2.4 Lucia Dias de Bem, casada com Francisco Pires de Bem. ;
4.3. Maria Silva Gudolle, nascida em Itaqui, em 22/6/1918, solteira, falecida em Janeiro de 2011 em Porto Alegre;
4.4. Ruth Gudolle Dias, nascida em 23/01/1920, Itaqui, RS e casou com Telmo Dias, nascido em 1914. Filhos: 4.4.1Maria Rita Gudolle Dias, casada com Admir Villanova, 4.4.2. Maria Cristina Gudolle, separada ;4.4.3. Maria Ângela Gudolle Dias, falecida em 1996, 4.4.4. Diniz Dias Neto, solteiro.
4.5. Mario Duarte Silva Gudolle, nascido e falecido em em Itaqui, RS, casado com Eva Tripovich Gudolle; Filhos: 4.5.1. Raul Tripovich Gudolle, falecido, 4.5.2.Jose Mario Tripovich Gudolle, falecido, 4.5.3. Maria de Lourdes Gudolle Zacoutegui , 4.5.4. Silvio Tripovich Gudolle, 4.5.5. Marta Gudolle,4.5.6. Marisa Gudolle Rossi, 4.5.7. Maria da Graça Gudolle, falecida, 4.5.8. Sonia Gudolle, 4.5.9. Norma Gudolle Hubner, 4.5.10. Deuclides Tripovich Gudolle, falecido, 4.5.11. Humberto Tripovich Gudolle
4.6.Déa Gudolle Rosado, nascida em setembro de 1924 em Itaqui, RS, e casada com Benoni Dreher Rosado, falecido em 1990. Filhos: 4.6.1. Paulo Sergio Gudolle Rosado, 4.6.2. Ana Lucia Gudolle Socol, casada com Nestor Socol, 4.6.3.Vera Maria Rosado Maders, casada com Jorge Maders, 4.6.4. Maria Lucia Gudolle Rosado, solteira, 4.6.5. Nilza Maria Gudolle Rosado, separada, 4.6.6. Luiz Cesar Gudolle Rosado, solteiro, 4.6.7. Antonio Carlos Gudolle Rosado, casado com Eveline, 4.6.8. André Luiz Gudolle Rosado, solteiro, 4.6.9.Maria Cristina Rosado, casada com, 4.6.10. Mari Ângela Gudolle Rosado, separada.
4.7. ZILDA GUDOLLE CASTRO, nascida em 22/2/1926, e falecida em 23/8/2006, casada com VIRGILIO CASTRO FILHO, nascido em 9/3/1913, em Cruz Alta, RS, e falecido em 23/8/1993; Filhos: 4.7.1. Gilberto Gudolle Castro, nascido em 1957 em Cruz Alta, Rs, casado com Elizabeth Meirelles, 4.7.2. Marilia Castro Gottens, nascida em 1960, em Cruz Alta, RS, casada com Pedrinho Carlos Cadore Göttens, 4.7.3.Roberto Gudolle Castro, nascido em Cruz Alta, no ano de 1962, casado com Sueli Sommer.
4.8.Ilsa Silva Gudolle, nascida em Itaqui, Rs, em 1928.



Em pé, da esquerda para a direita: Déa e Benoni, Ruth, Maria de Lourdes e Raul, Zilda e Virgilio, Benvinda e Aureliano (Índio), Eva e Mario. Sentados da esquerda para a direita: Maria, Duartina (Iaiá), Deuclydes e Ilsa.


Casal Deuclydes e Duartina rodeado pelos Netos


5. ESMERILDA MONTEIRO DA SILVA, casada com JOSÉ FERREIRA SAMPAIO;
6.VICENTINA MONTEIRO RAMOS, casada com FERNANDO RAMOS;
7.DORVALINA MONTEIRO DA SILVA, solteira.

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle Gottens e Ari Caldeira da Silva

domingo, 20 de novembro de 2011

Genealogia de nossos Ancestrais SILVA



Do casal açoriano pertencente a primeira leva fixada em Rio Grande, MANUEL PEREIRA SOARES e MARIANA DA SILVEIRA SILVA, nasceu MATHEUS SOARES DA SILVA, em 8/12/1752, (pelo que consta, é o 1º filho de Casais Açorianos nascido no Rio Grande do Sul) em Viamão, mais precisamente no assentamento da Sesmaria de Itapuã, denominada Freguesia da Capela de Santana, na zona do Morro Grande, hoje 2º Distrito de Viamão, cuja área destinada às Datas, foi proveniente da Sesmaria doada ao Padre José Nunes Reis, que não fora aproveitada e nem explorada.
Essa Sesmaria após loteada em Datas, foi distribuída a 60 Casais de Açorianos, dos que se encontravam na área de Viamão aguardando destino como tantos outros.
MATHEUS SOARES DA SILVA, era neto paterno de ANTÔNIO GOMES DA SILVA e de CATARINA DIAS DA SILVEIRA. Pelo lado materno, neto de MANUEL DA SILVEIRA SILVA e de SUZANA TEIXEIRA DA SILVA.







Nosso MATHEUS casou com MARIA ANGÉLICA DE JESUS, filha de MATEUS CORRÊA e JOSEFA MARIA DE JESUS, ambos oriundos dos Açores e remanescentes dos Casais assentados nas cercanias do Forte Militar em Rio Grande.
Os pais e avós de MATHEUS, eram todos naturais da Ilha São Jorge, conforme consta da Certidão de Batismo no Livro 1747-1769, 1ª parte, fl.28, da Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Do casamento de MATHEUS e MARIA ANGÉLICA em 1772, houveram os seguintes filhos: 1. RAQUEL SOARES DA SILVA, nascida em 16/8/1792 em Santo Amaro, RS, 2. JOÃO SOARES DA SILVA, casado com Maria José, nascida em 12/4/1897. 3. CONSTÂNCIA SOARES DA SILVA, casada com Joaquim José César. 4 .ZACARIAS SOARES DA SILVA, nascido em 1780 em Santo Amaro, RS, casado com Ana Delfina de Atayde, nascida em Lages/Sc. 5. GERTRUDES SOARES DA SILVA, nascida em Santo Amaro, RS e batizada em 16/5/1755 em Triunfo, RS, casada com Manoel Francisco da Silva, filho de Domingos Martins Pereira e Ana Francisca da Silva. Gertrudes faleceu em 5/2/1825 no curato de Santa Maria da Boca do Monte 6. CÂNDIDO SOARES DA SILVA, nascido em 15/4/1790. 7. MANUEL SOARES DA SILVA, nascido em 11/2/1794, solteiro. 8. ANTÔNIO SOARES DA SILVA, nasceu em 1788, em Santo Amaro, RS, casado com Rosa Maria do Nascimento, filha de Agostinho Soares da Silva. 9. ANA SOARES DA SILVA, nasceu em 1796 e faleceu solteira, antes de 1864.






Nossa ancestral 1. RAQUEL SOARES DA SILVA, casou em primeiras núpcias com Joaquim Antônio da Costa, filho de Francisco Fernando de Barros e Catarina da Costa. Consta que este Joaquim Antônio da Costa era filho de pai desconhecido, mas perfilhado por Francisco Fernando de Barros.
Posteriormente, RAQUEL SOARES DA SILVA, casou em segundas núpcias com FRANCISCO SOARES DA SILVA que, por sinonimia deveria ser primo de RAQUEL.
Desse casamento de Raquel com Francisco, nasceu BONIFÁCIO SOARES DA SILVA em 20/5/1814.
BONIFÁCIO casa em 03/9/1845 com BERNARDINA FLORA DA SILVA, nascida em 1º/01/1826.
BERNARDINA era filha de José Joaquim da Silva, nascido em 28/7/1792 em Rio Pardo/RS, e foi casado com Florisbela Joaquina de Oliveira, nascida em 18/01/1802 em Viamão, filha do casal açoriano José Jacinto de Oliveira e Mariana Antonieta da Conceição, nascida em 23/4/1775 e que foram pais de 17 filhos, todos nascidos em Viamão/RS, entre os anos de 1783/1809, conforme registro de batismo na Igreja Nossa Senhora da Conceição de Viamão,RS.
Mariana Antonieta da Conceição era filha de José Soares de Barros e Catarina Machado, esta natural da Ilha de São Jorge.
José Jacinto de Oliveira casou em segundas núpcias com Ana da Silva, sendo que dessa união não houveram descendentes.

Arquivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva e Marilia Gudolle C. Göttens


sábado, 19 de novembro de 2011

Os Casais Açorianos e sua integração à comunidade Sul-Riograndense

Alguns descendentes dos Casais citados na postagem anterior, ainda habitam terras na área dessas "datas" junto ao Morro Grande, onde ainda existe um centenário cemitério com túmulos semi-destruídos, com seus familiares ali sepultados..
Apesar do fracasso desse povoamento, em suas "datas" foram produzidas as primeiras lavouras de trigo, linho cânhamo, cana de açúcar, algodão e mandioca.
Os produtos excedentes eram exportados para as províncias ao norte do país, pelo porto lacustre de Itapuã, município de Viamão.
Nessa fase do assentamento de Casais localizados ao longo do estuário do Rio Guaíba entre a Ponta do Dionízio (Estaleiro Só) e atual Praça Gen.Sampaio junto ao Cais do Porto, eles foram se avolumando em número, face as novas levas de açorianos que eram remetidas pelas viagens já contratadas e oriundas do Arquipélago.
A partir de 1770, passariam os antigos Casais e seus descendentes a se integrarem de fato à nova comunidade sulina, surgida naquela confusão generalizada motivada pela retirada tumultuada dos Casais, quando da corrida do Rio Grande (fuga precipitada) ante o avanço das forças de Espanha.
Alguns dos casais foram localizados nos campos altos de Viamão e outros no Porto de Viamão, hoje Porto Alegre. Na época, a única localidade oficial era a Capela Grande de Viamão onde estava o Governo, e o Porto dos Casais era a entrada e saída, via fluvial, de que o governo dispunha para realizar a administração da capitania do sul.
Os açorianos que se encontravam arranchados na península do Porto dos Casais, quando assumiu o comando geral da província o Gen. Gomes Freire, mais ou menos em 1763, o mesmo resolveu retirar elementos do Porto dos Casais e juntar a outros que ainda estavam em torno da Vila do Rio Grande, no assentamento do povo novo da Ilha de Tarotama e os da Ilha Martins e encaminhá-los ao repovoamento das Missões, na margem esquerda do rio Uruguai, por portugueses, iniciando assim, o deslocamento gradativo através dos rios Jacuí e Taquari, para aguardar a prometida retirada das forças espanholas que dominavam as missões jesuíticas.
Para tirá-los da ociosidade, Gomes Freire iniciou a construção de pequenos baluartes militares ao longo dos dois rios, além de providenciar a fundação de novas povoações e fornecer "datas" e "sesmarias" na região desbravada, a fim de garantir a retaguarda das forças militares que iriam gradativamente ocupando os lugares desocupados pelos espanhóis, de acordo com o que regia o Tratado de Madrid.
Assim, foram levados para a chamada forqueta de Santo Amaro, com o objetivo de cooperarem nos trabalhos da construção de um fortim de palissadas, de armazéns de mantimentos e de aquartelamento, iniciado em maio de 1752 e concluído no ano seguinte. Nesse lugar, ficariam alguns deles como agregados civis ao pequeno destacamento.
Cerca de vinte e sete desses Casais constam nos assentamentos como de seus primeiros povoadores ao redor do núcleo de Santo Amaro, depois vila e cidade sul-riograndense.
Também Triunfo, instalada como freguesia autônoma de Viamão em 1757, e em Taquari, antes mesmo de sua fundação como povoado açoriano, já se encontravam" Casais de Número" sobre os quais apenas temos notícias concretas a partir de 1761, depois da corrida do Rio Grande.
Nos assentos oficiais de 1752/1763, encontram-se assinalados, incluindo alguns relacionados com os 14 Casais encaminhados de Rio Grande para a margem setentrional do rio Jacuí até Rio Pardo, os batizados de 1033 crianças, filhos de 446 casais açorianos, incluindo nesse total os constituídos após a chegada dos nubentes.. Destes, eram oriundos da Ilha São Jorge 167 homens e 170 mulheres; da Ilha Fayal 94 homens e 107 mulheres; da Ilha Terceira 78 homens e 75 mulheres, da Ilha Pico 32 homens e 32 mulheres e da Ilha das Flores, 3 homens e 2 mulheres.
Todos os demais, incluindo os arranchados no Porto de Viamão e em torno de Rio Pardo, ainda ainda continuariam por muito tempo na mesma situação em que os deixara Gomes Freire ao regressar para o Rio de Janeiro.
Em 1773 já se achava à margem setentrional do rio Jacuí, praticamente povoada face a doação de "sesmarias" entre os rios Sinos e o Rio Pardo.
Até aqui, tudo exposto para se entender porque os pioneiros "SILVAS" encontravam-se disseminados na zona oeste do Estado e porque muitos dos nossos ancestrais nasceram em cidades e povoações ao longo do "talveg" dos rios Jacuí, Taquari e Rio Pardo.

Arquivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva e Marilia Gudolle C. Göttens

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Trajetória dos Açorianos "SILVA" no RS

Parte dessa pesquisa foi a mim presenteada pelo saudoso primo ARY CALDEIRA DA SILVA, no ano de 1991, quando, após longos anos de pesquisa sobre a família SILVA no RS assim me disse: "Prima, eis aqui, o que pude fazer!!!! Espero que continues, acrescendo tudo o que pesquisares e que continues completando os mais possíveis dados de nossa história familiar referente a nossa numerosa família "SILVA".
A trajetória histórica descrita, remonta a levas de imigrantes portugueses ou "casais de número" que fora transportados do Arquipélago dos Açores e aqui no Rio Grande do Sul foram fixados como povoadores da incipiente colonização lusa nesta região do Brasil, aproximadamente nos idos de 1734.
O arquipélago dos Açores compõem três grupos de ilhas, separados por grandes intervalos, sendo nove principais assim distribuídas:
Santa Maria e São Miguel, com as ilhotas Formigas; no centro Terceira, São Jorge, Fayal e Graciosa; a oeste, Flores e Pico Corvo.
O seu solo é eminentemente vulcânico e muito dos seus picos são antigas crateras de vulcões extintos. Os Açores são muito elevados e apresentam formas esquisitas pela sua irregularidade.
O clima é suave e semelhante ao do sul da Europa, favorecendo a vegetação. Se solo produz não só as plantas européias como as tropicais. A vinha, os cereais,os legumes e as frutas são largamente cultivados. Cria-se também gado, suíno, lanígero e vacum.
Santa Maria é uma das menores ilhas do arquipélago, só tendo 17 Kms, na maior dimensão de sua forma irregular.
São Miguel, é de todas a maior, tendo 64 Kms. de comprido por 20 de largura.
Terceira segue-se em tamanho abaixo de São Miguel, medindo 30 kms de comprimento por 20 de largura média. Pela doçura do seu clima e beleza é considerada como um verdadeiro paraíso terrestre.
Pico, que tira seu nome da montanha que a domina e é a mais elevada do arquipélago, medindo 2.222 metros de altitude, tem 46kms de comprimento e uma forma bizarramente irregular. A Ilha é muito montanhosa, especialmente ao ocidente, onde está o maciço sobre que assenta o Pico.
Fayal, muito próxima do Pico, de que está separada por um estreito canal de6kms, em sua maior dimensão.
São Jorge é uma ilha estreita e longa com 54kms, por 5 a 6 estendendo-se de Leste para ONO, de Pico e Fayal, da qual está separada por um canal de 18 kms, em sua maior largura.
Graciosa, a 28 milhas a NO da Terceira, e a 20 de São Jorge, é depois de Corvo, a menor das nove ilhas do grupo. Seu comprimento de SE, atinge 18 kms com uma largura apenas de 6 kms no máximo. É a mais fértil do arquipélago, conquanto pouco arborizada.
Flores é a primeira do pequeno agrupamento que forma a extremidade NO, do arquipélago: fica a 225 kms do grupo da Graciosa e Fayal.
Corvo marca a extremidade NO dos Açores e é a menor das ilhas que o constituem.

Retrocedendo a história, no ano de 1680, Dom Manuel Lobo, então governador da Capitania do Rio de Janeiro, a mando do rei de Portugal, comandando uma poderosa frota de vários navios armados, contornou o território ao sul das fronteiras portuguesas que abrangiam a região da atual república do Uruguai até o estuário do Rio da Prata, zona de influência da Espanha na América do Sul.
Na margem direita do estuário frente a Buenos Aires, Dom Manuel Lobo, toma posse e estabelece numa área restrita, a célebre Colônia do Sacramento, povoação armada aos moldes de um baluarte militar destinado a alojar uma população flutuante a fim de dar uma aparência de colonização naquela vasta região despovoada. Na verdade, esse posto avançado, nada mais era do que uma fronteira avançada do império português.
Esse grupo de colonização situava-se além das posições militares da Espanha e, portanto, isolada da dispersa e diminuta comunidade portuguesa situada ao longo da costa atlântica para norte do continente.
Apesar dessas deficiências Portugal desenvolveu um grande esforço de colonização, visto que, a povoação mais próxima da Colônia do Sacramento era a vila de São Francisco da Laguna, situada abaixo da Vila de Desterro e distante 150 léguas e somente alcançada por caminhos difíceis.
Essa região imensa era despovoada e selvagem. Para sanar essa lacuna populacional e dar melhor apoio militar a fim de controlar a presença constante da Espanha que dominava a região ao sul da Barra do Rio Grande até a Colônia do Sacramento, bem como o território da missões orientais, o governo constrói as pressas um forte militar na entrada da Barra do Rio Grande destinado a dar apoio as forças de ocupação do império luso além de vigiar e dar combate às embarcações corsárias e escravagistas que praticavam ações de pilhagem ao longo da vasta e desértica costa do Atlântico Sul.
Foi nessa fase da história açoriana que os "SILVAS" marcaram sua presença formando a primeira leva de CASAIS que foram transportados por mar da Ilha de Santa Catarina até a região do Forte Militar da Barra e ali arranchados provisoriamente em área das Ilhas de Tarotama e Martins, bem como na atual cidade de São José do Norte.
Como a simples ação militar de apoio fosse precária, Dom João V, rei de Portugal, por influência do Conselho Ultramarino, resolveu organizar e financiar, a partir de 1740 a vinda para o Brasil de mais ou menos 4.000 portugueses habitantes do Arquipélago dos Açores, conhecidos como "casais de número", assim denominados porque só eram aceitos, quando convocados por editais, e sob certas condições tais como: os homens deveriam ter no máximo 40 anos e as mulheres 30 anos e somente possuírem dois filhos, menores ou não.
A resolução imperial tinha dois importantes motivos políticos para essa determinação, quais sejam: 1º) Tentar povoar a região sul do Brasil que viria a ficar livre quando fosse efetivada a retirada dos espanhóis da margem esquerda para a margem direita do rio Uruguai na atual região missioneira como estipulava o Tratado de Madrid firmado em 13/01/1750 entre Portugal e Espanha, mas que infelizmente não se concretizou pelo não cumprimento por parte daEspanha, do que havia sido acordado; 2º) Proporcionar o povoamento da região ao sul do Forte Militar de Rio Grande até a Colônia do Sacramento. E, para isso, o governo processou assentamentos açorianos nas cercanias da entrada da Barra, momento esse, como anteriormente citado, que os SILVA aportaram nesse chão.
Um português, chefe de uma firma Armadora, firmou contrato com o governo português, para o transporte dos "casais" que atenderam ao chamado do governo imperial para emigrarem ao sul do Brasil.
O contrato foi firmado em 7/8/1747 e de acordo com as condições do mesmo, segundo Jaime Cortezão e Guilhermino Cezar, teria sido o contrato redigido por Alexandre de Gusmão, vassalo de Dom João V e que em 1750 iria conduzir com sucesso as negociações para ultimar o 1º tratado de limites com o domínio hispânico na América do Sul - o Tratado de Madrid.
A firma de Oldemberg, mantinha desde 1741 o monopólio do comércio português ultramarino, que contratara até1752 e que dominava com seus barcos a navegação entre a Metrópole e o Brasil.
Seu poderio comercial, quase absoluto, contudo viria a desaparecer sob os escombros da cidade de Lisboa, quando esta foi sacudida e devastada em 1º/11/1755, por terrível e demolidor terremoto.
Apesar dessas dificuldades, somou-se que à época também o Arquipélago dos Açores sofreu idêntico cataclisma quando foram destruídas as Ilhas do Pico, Fayal e Graciosa. Este fato acelerou providências para a transferência de colonizadores açorianos para o Brasil.
Publicados os editais nas ilhas, concitando a todos os interessados a se inscreverem com as vantagens materiais prometidas por El Rei, já em 17 de setembro de 1747, nada menos que 448 Casais se inscreveram num total de 1433 pessoas, entre os quais membros da velha nobreza lusa e flamenga dos primeiros povoadores do Arquipélago que haviam ficado arruinados pela catástrofe que se lhes abateu.
O Armador Oldemberg não foi feliz nesse contrato, pois logo na primeira viagem efetuada que aportou entre janeiro e fevereiro de 1748 à Desterro, na ilha de Santa Catarina, grandes foram os prejuízos e maiores os dos Casais vindos nesse comboio.
Após uma viagem terrível de quase três meses no mar, confinados em pequenos navios mercantes e cargueiros denominados "galeras", lotados e sem acomodações para tão elevado número e, ainda com sua situação agravada por tantas outras medidas restritivas impostas aos Casais durante o longo e moroso percurso, os quais foram impostas por ordem do Conselho Ultramarino, sob a presidência de Marquês do Pombal.
Essas diretrizes impostas aos armadores pelo contrato, propiciaram efeitos danosos que se fizeram sentir na grande mortandade entre os passageiros já que essas medidas disciplinares atingiram em cheio, principalmente as mulheres.
A odisséia desses Casais, desde sua partida das Ilhas até seu destino na Vila de Desterro, cuja saga foi agravada por uma deficiente alimentação e ainda mais pela disposição daquele malfadado regulamento com o fim de acautelar as desordens e "safadezas" que eram comuns em viagens longas, principalmente, em navios que transportavam mulheres, ordens estas dirigidas com as melhores intenções, mas de correspondências nada compensadas.
O regulamento em vigor chegara a impor um regime de verdadeiro enjaulamento como se as mulheres passageiras estivessem em prisões, recebendo sua alimentação através de um postigo... Somente o cirurgião e o capelão podiam entrar nos alojamentos de ambas e de seus filhos menores, assim mesmo apenas para tratá-las ou para lhes ministrarem os sacramentos, tudo na presença do comandante do navio. Era permitido que falassem com elas somente os maridos, filhos e irmãos, à hora da principal refeição e sem chegarem-se muito perto...
Quando nos dias santificados o capelão celebrasse missa, poderiam as mulheres ouvir a referida missa ao pé do altar, passando na ida e na volta, entre alas de guardas armados que as separavam do resto dos homens, colonos e tripulantes...
Por essas razões absurdas, é que devemos render homenagens às nossas heróicas ancestrais açorianas, visto que muitos dos que abandonaram as Ilhas dos Açores na esperança de dias melhores no Brasil, foram sendo sepultados nas águas do Atlântico com seus sonhos e ilusões.
Os que resistiram à travessia, chegaram ao seu destino como verdadeiros espectros. Entretanto, estes sofrimentos não foram os últimos, pois no Brasil, eles e elas, casais ou não, tiveram três anos de sofrimentos e agruras em região desconhecida, enfrentando desconforto, alojadas em habitações de paredes de barro cru e cobertas com palhas de tiririca dos banhados, além de alimentação insuficiente. Melhores condições de vida usufruíram os Casais que foram arranchados nas proximidades do mar, porque dispunham da pesca abundante para sobreviver. Os casais localizados nas cercanias do forte militar da Barra, aguardavam pacientemente um assentamento definitivo vivendo nos acampamentos sediados nas ilhas de Tarotama, Martins e em uma área do atual município de São José do Norte. Mais tarde, foram estes Casais que formaram os assentados nas terras de Viamão e no Porto dos Casais, hoje Porto Alegre.
Dos sofredores Casais acantonados ao longo da costa oriental da Ilha de Santa Catarina, alguns foram sendo removidos, à medida do possível, para o Rio Grande de São Pedro e outros iniciaram povoamento e plantações onde hoje situam-se as praias de Joaquina, Lagoa da Conceição, Ingleses, Canasvieiras, Jurerê e outras.
Nesse período da colonização, assumiu o governo da província do Sul, o General José Marcelino, tomando então providências para legalizar a situação dos Casais já localizados na iniciante povoação de São José do Taquari e em outros pontos ao longo dos rios dos Sinos, Taquari e Jacuí, conferindo-lhes "datas" e até sesmarias, visando com estes provimentos a formação de bases defensivas seguras para o futuro acolhimento de forças militares, ante uma possível ofensiva hispânica sobre a cidade estratégica de Rio Pardo, já em desenvolvimento à época.
O governadorJosé Marcelino ordenou ao engenheiro Capitão Alexandre José Montanha, a demarcação das terras da antiga sesmaria do Padre José Nunes Reis, na região de Itapuã, loteando-a em "datas", para serem distribuídas a 60 casais de Açorianos, dos que se encontravam nos campos de Viamão aguardando destino.
Pretendia o General José Marcelino, fundar nesse local a futura povoação da VilaReal de Santana ou de Santana do Morro Grande, hoje 2º distrito de Viamão. Essa iniciativa, no entanto, não vigorou e, também pelos mesmos motivos que fizeram fracassar as tentativas iniciais com casais açorianos no litoral catarinense.
As terras da sesmaria de Itapuã usadas para as "datas", eram exageradamente arenosas, impróprias tanto para construir casas como para a agricultura, além da ação nefasta de ser a área infestada por formigas saúvas de difícil extermínio à época.
Assim, nada restou do que deveria ser uma povoação e uma freguesia. Dos sessenta casais beneficiados com a doação de "datas" demarcadas pelo engenheiro Montanha naquele ano de 1770, apenas restaram em 1784 os 15 Casais citados pelo General Borges Fortes, entre outros, os casais Antônio Alvares de Souza, Antônio Silveira Dutra, Caetano de Borba, José Luiz Viegas, João Nunes Machado, Luiz Vieira Fraga, Silvestre Vieira, MANUEL PEREIRA SOARES e sua mulher Dª MARIANA SILVEIRA DA SILVA, AMBOS NOSSOS ANCESTRAIS, e pais de MATHEUS SOARES DA SILVA.

Arquivo Pessoal de Ari Caldeira da Silva e Marilia Gudolle C. Göttens