REGISTROS, GENEALOGIAS, HISTÓRIAS E POESIAS...
a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um Pouco da Família de Virgilio Nunes de Castro

Meu avô paterno Virgilio Nunes de Castro, nasceu em 29/8/1874, na cidade de Nazaré das Farinhas  localizada no centro sul do recôncavo baiano, as margens do rio Jaguaribe.
O pai  de Virgilio foi José de Araújo Castro (veterano da Guerra do Paraguai), filho de José Veríssimo de Castro e Francisca Maria de Araújo Castro e  a mãe, Virginia Angélica  de Araújo Castro, filha de Filipe Nunes Guimarães e  Rosa Angélica do Amor Divino.



                    José de Araújo Castro e Virginia Angélica Nunes Castro




                    Assento de Matrimônio de José e Virgínia Angélica


"Aos vinte e trez diaz do mes de Abril de 1849 e, feitaz as denunciações do Concílio Tridentino, acestirão ... .. em meu poder e sem impedimento na Igreja Matris desta Fregsia......e das testemunhas Antonio de Souza Bitencourt e Manoel ....de Brito.....com palavras, cazarão José de Araújo Castro e Virginia Angélica do Amor Divino, esta filha legitima de Filipe Nunes Guimarães e Roza Angelica do Amor Divino, e aquele, filho legitimo de José Veríssimo de Castro e Francisca Maria de Castro, todos moradores nesta Fregsia. E logo receberão as bençãos nupciaes. Para constar fis este assento e assinei. O Vigário Manoel Jacintho Perª."



                             Anotações escrita por Virginia Angélica

"No dia 29 de Agosto de 1874 às 8 horas do dia nasceo o meu filho Virgilio, baptisou-se no dia 1º de Janeiro de 1877, foi seo Padrinho seu irmão Prospero Augusto de Castro e Madrinha a Srª D. Laura Pires Pedreira com procuração a sua irman D. Anizia Rosa de Castro....assignou este acto no Engenhonde baixo do Dr. José Nunes da Silva, o Rdº Gregorio do Nascimento e Apsumpção com licença do Vigrº da Fregzia desta Cidade.
Entrou para Eschola no dia 18 de Abril de 1881, sendo o Professor M. Honorio de Miranda."


                         
                             Anotações escritas por Virginia Angélica

"No dia 6 de Julho de 1875 o meo filho Dr. Antonio H. de Castro embarcou-se com sua familia para a Provincia do...........para onde foi removido - por ordem do governo, levando em sua companhia seu mano Ilidio, e lá chegaram com bôa viagem no dia 13 do mesmo mez, e no dia 14 de Novembro do mesmo anno voltou o Ilidio com molestia chegando aqui em Nazareth ainda bastante desfeito.
No dia 9 de Abril de 1876 de volta na Bahia o mesmo meo filho Dr, vindo bastante doente do ....... juntamente com sua filhinha."








































segunda-feira, 25 de junho de 2012

DIREITO AUTORAL

Respeitem o Direito Autoral ( Lei nº 9.610/1998 )

Em caso de "cópias" citar a fonte!!!!!!

domingo, 24 de junho de 2012

Assento de Matrimônio de Maximiano Bonifácio da Silva e Cândida da Silva Caldeira

                      Matrimônio ocorrido em Itaqui, RS, em 20/11/1882

"Aos vinte de Novembro de mil oitocentos e oitenta e dous, nesta Parochia de Itaquy, depois das tres admoestações e mais diligencias do Concilio Tridentino e Constituições do Bispado, sem impedimento, em minha presença e das testemunhas, Joaquim de Freitas Noronha e Dionisio Bonifácio da Silva se recebem em Matrimônio, com palavras de presente, Maximiano Bonifácio da Silva, nascido e baptisado na Parochia da cidade de Uruguayana, filho legítimo de Bonifácio Soares da Silva, já fallecido, e Bernardina Flora da Silva, com Cândida da Silva Caldeira, nascida e baptisada na mesma Parochia de Uruguayana, filha legítima de Lino da Silva Caldeira, já fallecido, e Carolina Caldeira;  e lhes conferi as bençãos nupciaes, na forma do Ritual Romano. E para constar, fis este assento, que assigno. O Vigario José de Noronha Nápoles Massa."


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sábado, 23 de junho de 2012

Arquivo Jean Gudolle - Apontamentos IV

                         Receita escrita por Jean Gudolle para a cura de vermes



Reprodução Paleográfica de Vanessa Gomes de Campos
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Minha Avó Paterna - Maria de Paula Motta Castro






Maria de Paula Motta, minha avó paterna foi filha única do casal José Caetano V. da Motta e Francisca de Paula e Silva.
Vó Mariquinhas como assim todos a chamavam, nasceu em 13/6/1884, em Cruz Alta, RS, e faleceu em 25 de Dezembro de 1964 no mesmo local. 
Ainda quando menina aprendeu a ler e escrever em casa, através de uma professora contratada por seu pai, vinda de Santa Maria, RS.
Muito jovem ainda, já falava fluentemente o francês, tocava piano, inclusive nos "saraus" daquela época de antanho, ocorridos no Clube do Comércio em Cruz Alta, bem como escrevia discursos.
Tudo que aqui registro, me foi contado pela saudosa e muito amada "Tia Perica", sua filha, a qual tive o privilégio e uma das maiores bênçãos de com ela ter convivido sempre, até o final de seus 101 anos.


                                      Vó Mariquinhas aos 7 anos

Pelo ano de 1895, chegou em Cruz Alta um jovem rapaz vindo de Nazaré das Farinhas BA, chamado Virgilio Nunes Castro e conhecendo minha avó com apenas 13 anos, casaram em janeiro de 1897, passando o casal a residir na casa de seu sogro José Caetano Motta.
Desconheço as causas que levaram meu avô Virgilio, a vir residir em Cruz Alta.

                                         Virgilio Nunes Castro



                                 Anotação feita por José Caetano V. Motta


Após o casamento, meu avô Virgilio, passou a trabalhar como Coletor de Rendas da Fazendo Pública em Cruz Alta, até sua morte no ano de 1926.


                Vó Mariquinhas e Vô Virgilio alguns meses após seu casamento

                     
               Agradecimento Família Motta Castro pela passagem Ano Novo/1909


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens














                       
                                     

terça-feira, 19 de junho de 2012

Juca Boticário - José Caetano Veríssimo da Motta

                   Juca, em pé, o último à direita e Francisca sentada, à última à direita, com a filha Maria entre o casal, em pé.


"José Caetano Veríssimo da Motta, mais conhecido por Juca, era filho de Caetano Pereira da Motta e Maria Veríssimo da Motta, nasceu em Cruz Alta, no ano de 1856. já viúvo, faleceu em Cruz Alta, no ano de 1930. Seus avós paternos foram Manoel Pereira da Motta e Maria Joaquina, ambos de Portugal. Seus avós maternos foram Manoel Veríssimo Esteves da Fonseca, natural de Portugal, e Quitéria Rita da Conceição, natural de Ouro Preto, MG.
Quando ainda muito jovem, ajudava seu pai em sua loja de mercadorias junto à casa onde residiam. José Caetano V. Motta, casou com Francisca de Paula e Silva, em Cruz Alta. Era filha de Francisco de Paula e Silva o Barão de "Ibicuí" e Felicidade Perpétua de Avelar Magalhães. Neta paterna do açoriano Manoel da Silva Jorge e Antônia Maria de Bitencourt, nascida na Freguesia de Santo Ângelo do Rio Pardo RS. 
Após o casamento, o casal construiu casa ao lado do portão de entrada da "quinta", tendo-se como base frente à Rua Pinheiro Machado em Cruz Alta, RS.
Em seguida ao casamento, Juca montou uma Farmácia em sua própria residência, a qual vendia xaropes, pomadas unguentos, sabonetes e outros.

Eu com 6, 7 anos, lembro-me perfeitamente de ter visto em casa, guardado por Tia Perica, vidros brancos, grossos e de boca larga com tampa de rolha, vidros esses que ela dizia terem pertencido à Farmácia de seu avo Juca.
Também lembro-me de Cadernetas com anotações de fórmulas de xaropes e pomadas. Infelizmente não guardei essas relíquias, pois era muito criança e quase nada entendia.
Muitos outros e variados objetos, fotos, documentos, passaram por meus olhos e poucos, muito poucos permanecem comigo enfrentando o "tempo e o vento"; até quando? Não sei!!!!!!"


                      Escritura de Permuta feita a punho por José Caetano V. Motta



                      Portão de entrada da "Quinta", na Rua Pinheiro Machado Cruz Alta


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Poesia - Recordações de São Jorge - Deuclydes Gudolle

À Memória de José João Monteiro Sampaio

São Jorge... no galpão é madrugada
A peonada toda em torno do fogão
Um conta de alguma gauchada
Outros saboreiam o chimarrão...

Tem várias cuias... o fogo rodeado
De churrascos prontos para cortar
O capataz que ali está sentado
Dá ordem de cavalos ir pegar...

Momentos depois, a rapaziada
Toda pronta, em ordem preparada
Vem o seu talho no churrasco dar
E assim saem, alegres e troçando
E cada um vai no seu bagual montando
E o rodeio lá do fundo vão parar...

Ficaram ainda ali alguns gaúchos
Um deles já muito envelhecido
]Por ter longos anos já vividos
E aguentando também muito repuxo...
É o Inácio, está velho e acabado
E ainda quer como os outros ser
E quando está meio embriagado
Ainda a sua pegada quer fazer...

E gosta de falar em china linda
E fica mesmo moço e gauchão
A sua velhice então se finda
E se julga ser o gaúcho que era então
As saudades lhe torturam ainda
Guarda todas em seu velho coração...

DELLE / São Jorge / 1931

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

Assento de Matrimônio de Dionísio Bonifácio da Silva e Lydia Dorneles Fontoura



                     Matrimônio ocorrido em Itaqui, RS em 18/9/1880


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"Aos quatro dias do mes de Setembro do anno mil oitocentos e oitenta, nesta Parochia de Sam Patricio da cidade do Itaquy, depois de cumpridas as tres Canonicas admoestações e mais diligencias do Concilio Tridentino e Constituições do Bispado, sem impedimento, em minha presença e das testemunhas, José Bonifácio da Silva e |Manoel Primo Dornelles, se recebeu em Matrimônio, com palavras de presente, Dionisio Bonifácio da Silva, nascido e baptizado na Parochia da cidade de Alegrete, filho legitimo de Bonifacio Soares da Silva já fallecido, e Bernardina Flora da Silva, com Lydia Dorneles da Fontoura, nascida e baptisada na Parochia da cidade de Alegrete, filha legitima de Antonio Veriato da Fontoura e Manoela Rosa da Costa, já fallecidos, e lhes conferi as bençãos nupciaes na forma do Ritual Romano. E para constar, fis o presente assento, que assigno. O Vigário José de Noronha Napoles Massa."

Árvore de Costado - Matheus Soares da Silva


                   Cedido há longos anos para minha Mãe, pelo seu primo Sany Silva


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

domingo, 17 de junho de 2012

Arquivo Jean Gudolle - Apontamentos III


                          Lista de mercadorias e respectivos valores


Reprodução Paleográfica de Vanessa Gomes de Campos
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

Assento de Batismo de Djalmira Pereira Gudolle


                                   Batismo ocorrido em Itaqui, RS, em 5/5/1890

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"Aos cinco de Maio de mil oitocentos e noventa, nesta Parochia de Itaquy, baptisei e pus os Santos Oleos em Djalmira, branca, nascida em vinte e tres de Junho de mil oitocentos e oitenta e nove, filha legitima de André Gudolle e Maria Benvinda Gudolle, deste Estado. Padrinhos Cypriano Nunes e sua mulher Maria Gertrudes Nunes. E para constar mandei passar a presente que assigno. O Vigario José de Noronha Napoles Massa"

Poesia - Aos Sessenta e Sete - Deuclydes Gudolle

Mais um ano completa o velho Dico
Os seus sessenta e sete bem contados
E relembrando muitas horas fico
Aqueles tempos bons, nunca olvidados...

E as tantas venturas verifico
Ao rever quando moço o meu passado
Um preito de saudade então dedico
Aquele gaúcho leal, bem apessoado...

Hoje velho caminhando pela vida
Já vai a passos lentos na descida
Mesmo assim continua ainda a cantar...

E cantor, bem constante da saudade
De todos os sonhos bons da mocidade
DELLE quer nos seus versos os perpetuar...


DELLE - POA, 5/01/1955


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

Arquivo Jean Gudolle - Apontamentos II


                        Receita para fazer o  "pão mais branco". Nosso Jean também vendia pães


Reprodução Paleográfica de Vanessa Gomes de Campos
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

Assento de Matrimônio de Esmerilda Antunes Monteiro e José Ferreira Sampaio

                             

                                Matrimônio ocorrido em Itaqui, RS, em 4/5/1874

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"Aos quatro dias do mes de Maio do anno mil oitocentos e settenta e quatro nesta Matris de Sam Patricio da villa do Itaquy, depois de cumpridas as tres canonicas admoestações e mais diligencias do Concilio Tridentino e Constituições do Bispado sem impedimento, em minha presença e das testemunhas João Pereira d'Escovar e Antonio Ferreira Sampaio, se receberão em matrimonio com palavras de presente, com que expressarão o seu consentimento, José Ferreira Sampaio, natural e baptisado nesta Freguesia, filho legitimo de Miguel Ferreira Sampaio e Leonor de Araujo Nobrega Sampaio, e Esmerilda Antunes Monteiro, natural e baptisada nesta Freguesia, filha legitima de José Antunes Monteiro e Ritta de Paula Monteiro. E lhes conferi as bençãos nupciaes na forma do Ritual Romano. E para constar, fis o presente, que assigno. O Vigário José de Noronha Napoles Massa."

Assento de Batismo - Deuclydes Pereira Gudolle



                               Batismo ocorrido em Itaqui, RS, em 7/10/1889

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" Aos sete de outubro de mil oitocentos e oitenta e nove nesta Parochia de Itaquy baptisei e pus os Santos Oleos a Deuclydes, branco, nascido em o dia cinco de janeiro do ano anterior, filho legitimo de André Gudolle e Benvinda Pereira Gudolle, desta Província; neto paterno de João Gudolle, já fallecido e Virginia Gudolle, aquelle natural de França e esta desta Provincia. Forão padrinhos Leoncio Pereira da Silva, solteiro, e Virginia Gudolle, viúva. E para constar, fis este assento, que assigno. O Vigário José de Noronha Nápoles Massa."

sábado, 16 de junho de 2012

Assento de Batismo - Djalma Pereira Gudolle



                             Batismo ocorrido em Itaqui,RS, em 24/4/1887

                         
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"Aos vinte e quatro dias do mes de Abril de mil oitocentos e oitenta e sete, nesta Parochia de Sam Patricio de Itaquy, baptisei e pus os Santos Oleos em Djalma, branco, nascido em vinte e seis de Junho de mil oitocentos e oitenta e cinco, filho legitimo de Andre Gudolle e Maria Benvinda Pereira Gudolle - desta Provincia. Padrinhos Galdino Francisco Pereira Nunes e sua mulher Camilla Vieira Nunes Pereira, avós maternos. E para constar, mandei passar a presente que assigno. O Vigario José de Noronha Nápoles Massa."
                                  

Poesia - Galopa Pensamento - Deuclydes Gudolle

Galopa pensamento, vai galopa
E vai pousar nesse rincão amado
Vai em cada canto, não te poupa
É ali que está todo o teu passado...

Moço ainda...pelos sonhos embalados
Tua vida sempre foi real encanto
Embora às vezes, a dor te torturava
E teus olhos vertiam amargo pranto...

A mocidade é desabrochar de sonhos
Sonhos, mais sonhos, todos tão risonhos
Continuaram no peito a florescer...

E a vida foi assim passando
E o moço sonhador, sempre cantando
Envelheceu, e cantando quer morrer...

         DELLE -  POA/ 1964


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Assento de Matrimônio - Duarte Joaquim da Silva e Maria José Antunes Monteiro


 Matrimônio ocorrido em Itaqui, RS, em 20/6/1881


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          "Aos vinte de Junho de mil oitocentos e oitenta e um, nesta Parochia de Itaquy, depois das tres canonicas admoestações e mais diligencias do Consilio Tridentino e Constituições do Bispado, sem impedimento em minha presença e das testemunhas José Fernandes Cardoso e Coronel Joaquim Rodrigues Lima, se recebem em matrimonio, com palavras do presente, Duarte Joaquim da Silva, nascido e baptisado na Parochia da cidade de Alegrete, filho legítimo de Bonifacio Soares da Silva ja fallecido, e Bernardina Flora da Silva, com Maria José Monteiro, nascida e baptisada nesta Parochia, filha legitima do Capitão José Antunes Monteiro e Ritta de Paula Monteiro; e lhes conferi as bençãos nupciaes, na forma do Ritual Romano. E para constar, fis este, que assigno - O vigário José de Noronha Napoles Massa."

terça-feira, 12 de junho de 2012

Arquivo Jean Gudolle - Documentos III


"ORAÇÃO" pertencente à Jean Gudolle, com a grafia inalterada







 Transcrição Paleográfica  por Vanessa Gomes de Campos


                     Arquivo Pessoal de Marilia  Gudolle C. Göttens

domingo, 10 de junho de 2012

Conversas entre Família


Em comentário sobre nosso trisavô Jean Gudolle, da sua fama de agiota que originou-se do enorme preconceito dos estancieiros daquela época de antanho, pelo fato do mesmo ter enriquecido quando vendia, comprava, fabricava e dava créditos, certa ocasião um primo assim referiu:"Só lhe faltava plantar arroz, para que o preconceito contra o Jean fosse completo. Ademais, era muito estourado como bom gascão".
Prosa vai, prosa vem, ainda completou: "Hoje, graças ao arroz, Itaqui tem um dos maiores PIB agrícolas do RS. Em Santana e Bagé hoje se planta a vinha, mas quem o faz são os..."gringos" da serra e japoneses. Essa região é bem mais própria para o vinho que a da serra, por uma nítida estação seca, que cada vez mais se acentua. Aliás, um vinho da Miolo, com uva de Bagé, se chama "Fortaleza do Seival". Justamente onde se lutou a célebre batalha desse nome (vitória farrapa que originou a independência da República Piratiní) e onde morreu nosso antepassado direto: Davi Francisco Pereira (daí o Pereira Gudolle de nossos avós); de maneira mais que heróica, lutando ao lado dos imperiais, já que era casado com uma Nunes, monarquistas. O Davi, aliás, escreveu o ABC da Batalha do Rosário, quando dela participou (a Ituzaingó dos Argentinos), com acérrima coragem aos líderes do Império".

FCG  -  Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Arquivo Jean Gudolle - Documentos III



                               Oração pertencente à Jean Gudolle, escrita por seu próprio punho.


                 Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens

Cuentos da Tia Avó Dija (Djalmira Gudolle)

A Vó Dija mantinha um "salon" em Itaqui, RS, onde se conspirava a Revolução de 1930 e do qual participaram entre outros, o seu cunhado Oswaldo Aranha e o Getúlio Vargas, que a chamava de "prima".
Tia Dija foi muito pioneira nisto, pois naquele tempo raras foram as mulheres que se envolveram em política.
Sua atuação na Revolução de 30 que está no Diário de meu bisavô André Gudolle, seu pai, sobre o Tio Oswaldo, foi, no mínimo heróica!!!!
Defendeu o Luiz Aranha com o próprio corpo, dos tiros que os legalistas lhe prepararam do barco em que iam fugir para Alvear (Argentina) , e convenceu vários soldados legalistas a passarem para o lado dos revolucionários.
Conseguiu dinheiro,cigarros, fósforos, fez pastéis e pão de minuto e distribuiu tudo pela soldadesca.
Isto tudo está documentado em carta que Tia Dija escreveu à D. Luizinha Aranha. No final da carta assim ela ainda escreveu:" Me perdoe se perjuro, mas sinto que Deus me tenha posto nesta figura de mulher; como homem, teria feito muito mais por nossa terra"...


Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens