Ao Primo Fábio Silva Conceição
Quando criança ouvia, histórias e correrias, lá dos pagos do Itaqui; das longínquas campereadas, das grandes gineteadas e sobre as cristalinas águas, do imenso Ibicuí...
Na minha mente eu pintava um céu de estrelas e eu dava as cores das madrugadas, onde solita andava enquanto a lua banhava, com claridade o chão...
Trago comigo a saudade, de campos, matos, estâncias, mas que na minha infância, sempre gravado ficou...
Trago bailes de querências, amores com eloquência em que a mim desenhou...
Embora eu, poucas vezes, tenha andado por aí, me parece que então vivi anos nesse rincão que foi de meus ancestrais e toda a parentela, que agora não voltam mais...
Quem sabe, primo Fábio um dia, eu apareça no Bororé; não sei se à cavalo, ou à pé, mas de uma coisa acredite, por mais que eu não lhe visite, fica a promessa em pé.
Marilia Gudolle Gottens
Dez./2015
Sentido! Prometido! Raiz nao se perde, jamais!
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