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a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Na voz rouquenha do Taimbé...

                                                 Ao Deuclides Pereira Gudolle (Dico)




Clareou o dia na estância e apontou na madrugada,
um caponete que a estrada, atrás da curva escondia...
Do caponete nascia... água fresca, borbulhante,
que engrossava mais adiante e encaixoeirada corria...
A correnteza chegando, pela chapada espraiava; 
mas logo em frente esbarrava, no mural que lá se erguia...
Correndo, a água subia e descia em cascata,
arqueada sobre a sapata, da rampa da penedia,
bem onde a pedra se abria, numa rocha alcantilada...
Uma bacia escavada, num lago azul recebia a água que ali caía entre bolhas espumantes,
tingida pelos cambiantes, de luz que o sol espargia...
Na superfície do lago e sobre pedras esparsas, miravam-se brancas garças, enquanto a água sumia, e enquanto dela se ouvia...mato à dentro, penetrando, 
roucas vozes murmurando, nos ecos da serrania...

                                                                  
                                                                   Fábio Silva Conceição

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