A partir desta data, serão postadas inúmeras poesias de meu Avô materno Deuclides Gudolle, as quais jamais foram publicadas, com algumas exceções em jornais, na década de 1930 e 1940 nas cidades de Itaqui, e Passo Fundo. A ortografia será conservada.
Taimbé
Lá na minha risonha mocidade
Cheio de vida, de ventura e fé
Eu também escutei, na realidade
A voz rouca e triste do Taimbé.
Minha vida era linda de verdade
Vivi cantando, descuidado até
Nem pensei que um dia esta saudade
Fosse cantar sombras que o passado é.
Tudo passou com o findar dos dias
Foram-se a mocidade as alegrias
Que esse tempo nos dá, tão desiguais...
Inda canta o Taimbé, na voz tristonha
Como a saudade que cantando sonha
Com a mocidade que não volta mais.
DELLE (Santa Tereza)
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