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a fim de preservação da memória de nossos ancestrais
MARILIA GUDOLLE C. GÖTTENS

sábado, 17 de dezembro de 2011

Poesia - Chimarreando - Deuclydes Gudolle

Aos gaúchos Flodoardo e Otacílio Silva

Eu estava sozinho ao chimarrão
Transportado imerso na saudade
Lembrava a vida alegre do galpão
Saboreando um amargo de verdade...

E sentindo meu velho coração
Pulsar com uma tal celeridade
Procurei acalmar a pulsação
Nas lembranças fiéis da mocidade...

E para meu consolo recordei
A vida de gaúcho carreirista
Os parelheiros todos que cuidei
E mesmo quantos eu corri na pista
Carreiras que empatei, as que ganhei
Das muitas que perdi, perdi a lista...

E veio-me à lembrança em realidade
O Gaita o teu Criolo, o meu Alazão
Desses pingos esquecer quem há
Foram todos changueiros de ocasião...

Na estância que galopo no passado
Eu chego até lá, ao São Jorge amado
E um tempo bem feliz vou relembrar...

Relembro das tardes domingueiras
Quando íamos todos às carreiras
E nos dias de serviço, trabalhar...

DELLE - 1955

Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C.Göttens

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