2. AGOSTINHO SOARES DA SILVA, nasceu em 1/6/1762, na freguesia de Triunfo, Rs. Faleceu em 1848, na Estância de São Pedro, então segundo distrito de Cruz Alta, RS, hoje em terras que divide o município de Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Foi casado com Maria do Rosário, batizada em 12/3/1771 em Taquari, RS. Era filha de José Dias do Nascimento e Rosa Maria.
Tiveram 10 filhos, quais sejam:
2.1. José Soares da Silva, batizado em 10/8/1786, em Santo Amaro, RS;
2.2. Ludovina Maria da Silva, batizada em 1/1/1789 em Santo Amaro, RS;
2.3. Eufrásia Maria da Silva, nascida em 26/8/1791, em Santo Amaro, RS e falecida antes de 1857. Casada, com geração em Uruguaiana, RS, e no Uruguai;
2.4. Umbelina Maria da Silva, nascida em 1795, e casada em 20/5/1828 em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com Manoel Vasco da Silva, nascido na Vila de Castro, PR. Faleceu Umbelina em 1862 e Manoel faleceu em 1857. Residiram na Costa do Pirapó, Uruguai, com vários filhos, mas parece que faleceram em suas propriedades herdadas de Agostinho;
2.5. Bernardo Soares da Silva, nasceu em 1798, no acampamento de Santa Maria da Boca do Monte, e faleceu com 60 anos, em 1857, casado e com geração;
2.6. Raquel Maria do Rosário, nascida em 1797, solteira em 1857;
2.7. Rosa Maria da Silva, nasceu em 1808, em Cachoeira do Sul, RS, casou em 28/1/1824, em Santa Maria da Boca do Monte, RS, com seu primo irmão Antônio Soares da Silva, filho de Matheus Soares da Silva. Tiveram os seguintes filhos:
2.7.1. Vasco Soares da Silva;
2.7.2. Amabilia Soares de Leiria;
2.8. Severina Soares da Silva, batizada em 1815, em Santa Maria da Boca do Monte. Casou com Joaquim Alves Furtado. Sem mais notícias;
2.9. Francisco Soares da Silva, nasceu em 1819, solteiro, residia em 1852 em Serro Araiquá, Estado Oriental do Uruguai;
2.10. Ludovina Soares da Silva, nasceu em 1820, residia no Estado Oriental do Uruguai. Em 1847, casou com seu primo Fabiano Soares de Ataíde, nascido em 1827, filho de Zacarias Soares da Silva e Ana de Ataíde.
A parte Norte da Fazenda de Agostinho Soares da Silva, foi comprada em 3/9/1874 (Livro 16º, fl.14v, Cruz Alta), por Margarida Niederauer, residente em Santa Maria da Boca do Monte, RS.
A parte dos herdeiros Vasco Soares da Silva e sua mulher Manoela Soares da Silva, são vendidas em 1874, com meia légua de frente a fundos, mais ou menos, dividindo ao norte com campos dos vendedores, divididos por uma restinga forte da qual nasce uma sanga que vai desaguar no rio Ivaí; ao oeste, pelo dito Ivaí com campos de Francisco Silveira; ao sul, por uma restinga forte, que também deságua no sobredito Ivaí e que tem as cabeceiras na estrada que vai da casa dos vendedores para São Pedro, dividindo com os campos de Eleutério e, ao leste, com campos de Amabilia Soares da Silva. Foi vendida por 3 contos e oitocentos mil réis.
Em 26/10/1875, Amabilia Soares de Leiria, passa escritura de campos a Margarida Niederauer. Foram vendidos a 2 contos e 500 mil réis. Campo situado no 2º distrito, lugar denominado São Pedro, com meia légua, mais ou menos, com as seguintes divisas: Ao norte, com campos dos vendedores por um valo fundo que atravessa a restinga que divide o campo de Eduardo José da Silva, a uma sanga que divide com os campos de Vasco Soares; pelo leste divide com os campos de Eduardo José da Silva, por uma restinga que vem de São Pedro até o último capãozinho que tem em suas nascentes; ao sul com campos de Eleutério Alves Pacheco, pelo dito capãozinho que tem nas cabeceiras da dita restinga que vem de São Pedro, e daí seguindo por uma vertente que vai desaguar numa restinga chamada Orqueta; e pelo Oeste, finalmente, divide-se com os campos dos compradores.
Escritura de campos divididos em três partes que fazem Antônio Soares da Silva, Vasco Soares da Silva e sua mulher Amabilia Soares Leiria em 1876 (L6º,17 e 17v Cruz Alta) a Manuel Maria de Oliveira, todos moradores no segundo distrito de um rincão de campos denominado São Pedro, cujas partes houveram por herança de seus pais Agostinho Soares da Silva e sua mulher Maria do Rosário. Esse campo se divide pelo rio Ivaí e por uma restinga que sobe do rio Ivaí e desviando com campos de Mariana de Tal e por um valo velho, e segue uma vertente que vai desaguar no rio Ivaí, dividindo com Margarida Niederauer, sendo o valo velho divisa da mesma Margarida e hoje do comprador e do dito valo velho até certa altura, dividindo com campos de Eduardo José da Silva, por uma restinga onde encontra-se a divisa dos campos de Mariana de Tal, já mencionada.
A Fazenda DO CÉU AZUL, na zona do Passo dos Buracos, hoje no 1º distrito de Júlio de Castilhos, foi comprada por Manuel Maria Dias de Oliveira e era lindeira aos campos dos Batista. A FAZENDA DA SORTIGA, foi comprada por Francisco Ferreira de Castilhos, comprador da FAZENDA DA RESERVA e herdados pelo genro, Dr. Joaquim Francisco de Assis Brasil. Essas duas fazendas não faziam parte da FAZENDA SÃO PEDRO, localizando-se ao leste.
A FAZENDA SANTA INÊS, foi organizada pelo Cel. José Libindo Vianna a partir de compras de campos dos herdeiros de Agostinho Soares da Silva, Eduardo José da Silva, Francisco Duarte Figueiró e outros. Compreendia as glebas de Boa Vista (do Ivaí), Itú e o campo dos Eduardos (ver mapa de Cruz Alta 1925, A.G.Edler) e ficava na parte norte da antiga Fazenda São Pedro, enquanto CÉU AZUL e SORTIGA ficavam a leste.
A parte sul da Fazenda São Pedro, foi denominada Fazenda SÃO PEDRO DO TARUMÃ; tinha sido sede da estância jesuítica de São Pedro, do povo de São Lourenço.
Em 30/4/1919 (Livro 3º, fl. 79v e 80), é passada escritura de um campo no segundo distrito, lugar denominado Encruzilhada, confrontando ao norte com Lindolfo Eduardo da Silva e Liberato Paulino da Silva, ao sul com Maria José da Silva, ao leste com os transmitentes, pela estrada geral e, ao oeste, com o mesmo Lindolfo Eduardo da Silva. O transmitente é
José Bento da Silveira Borges e sua mulher Ubaldina de Mello Borges e adquirente é Antônio Leal, havida dita parte de campo por herança da sogra e mãe Basília Corrêa de Mello.
Em 27/7/1929 (L3º,32v e 33, de Tupanciretã), é passada escritura de venda de campos de Mello Marques de Mello e sua mulher Josina de Oliveira Melo a José Libindo Vianna. São descritos como campos na antiga Fazenda São Pedro do Tarumã, dividindo-se: a leste, pela estrada geral que vem do Ivaí a São Pedro Mirim; a norte, com campos do outorgado adquirente, a oeste com campos de Bonifácio Corrêa de Mello, por uma restinga, e com campos da Francisco Pereira da Silva e ao sul, com campos do mesmo Francisco Pereira da Silva, situado na invernada da Orqueta.
Em 12/8/1893, em Vila Rica (atual Júlio de Castilhos), MelloMarques de Mello, vende a Alfredo de Oliveira Mello uma parte de matos havido por herança de sua mãe Ubaldina Freitas de Mello situados na Serra Geral dos Rincão dos Mellos. Test. Antônio de Mello Rego, Bonifácio Corrêa de Mello e Theodoro Ribas.
Ainda, na parte sul da antiga fazenda pertencente a Agostinho Soares da Silva, localizava-se a fazenda de SÃO PEDRO TUJÁ, onde morou Alexandre Jacinto da Silva. No inventário do Cap. Manuel Vicente Lírio, autuado em Cruz Alta em 1849, é dado como morador na Fazenda São Pedro Tujá. Na época do inventário de Alexandre Jacinto da Silva (1859), avô da esposa de Manuel Lírio, consta como pertencente a este cidadão. (Ver 1º distrito de Cruz Alta). Este deve ter, assim como Rafael de Oliveira Mello, comprado a herdeiros de Agostinho Soares da Silva.
FAZENDA CÉU AZUL
Propriedade de Manuel Maria Dias de Oliveira, desmembrada da propriedade de Matheus e Agostinho Soares da Silva.
OBS: As Fazendas São Pedro, Céu Azul e Sortiga, pertenceram a Agostinho e Matheus Soares da Silva, conf. consta da pesquisa. Os demais irmãos dos mesmos, não aparecem.
Genealogia Tropeira - Pereira, Cláudio Nunes;
Fundação e Evolução das Estâncias Serranas - Gomes, Aristides de Moraes Gomes
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