Eu sei que nasci de uma alegria
Num domingo e dia de pão quente
Minha mãe não esperava nesse dia
A sua mãe que há muito estava ausente...
Não chorei...nasci mudo, silencioso
Ficando todos ali, tão consternados
E minha mãe com seu olhar piedoso
E os olhos de lágrimas arrasados...
Ao contemplar um filho seu nascido
Num momento de tal satisfação
Pareceu ter minha sina compreendido
E chorosa apertou-me ao coração...
E tão cedo à levou o Ser Divino
Deixando-me aqui, tão pequenino
Seu vaticínio não chegou a ver...
Mas eu sei que de lá, ela avalia
A dor de quem nasceu de uma alegria
Para vir aqui cantar o seu sofrer.
DELLE - Santa Thereza, 1955
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