Quando eu vou à esse São Jorge amado
Quanta recordação me vem querida
Recordo com saudades dias do passado
Quando lá vivíamos tão feliz a vida...
E transporto-me para lá, quadra querida
De um risonho viver tão descuidado
Ninguém supunha chorar cruel sentida
As saudades de mortos tão amados...
Hoje tudo mudou, o sofrer é tanto
Que os olhos se conservam lacrimosos
E inunda a recordá-los amargo pranto...
Foram tantos os que foram e tão saudosos
Que a felicidade nos fugiu de espanto
Ao ver tanta dor em olhos tão chorosos...
DELLE - São Jorge/1934
Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Gottens
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